sexta-feira, 7 de março de 2014

COMUNICADO DE IMPRENSA DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO SOBRE O MASSACRE POLICIAL PERPETRADO CONTRA POPULARES INDEFESOS NA LUNDA - SUL

COMUNICADO DE IMPRENSA
DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO SOBRE O MASSACRE POLICIAL PERPETRADO CONTRA POPULARES INDEFESOS NA LUNDA - SUL


  


O recente massacre de populares indefesos perpetrados na região de Sassuaha a escassos Km ao norte da cidade de Saurimo pelas forças da policiais de Intervenção Rápida, à mando superior do Presidente José Eduardo dos Santos, no âmbito dos seus interesses pessoais e do seu parceiro a Rússia/Alrosa, para materializar um plano conjunto de açambarcamento indiscriminado das riquezas da Nação Lunda Tchokwe recentemente anunciado pelo ministro da Geologia e Mina Carlos Sumbula que prevê intensificar a exploração dos diamantes de Kimberlites  virgens daquele território que ronda em 94% das não exploradas.



                                                                                                                                              
Como tem sido denunciado, a causa principal de todos os males são os interesses pessoais do Sr José Eduardo dos Santos pelas riquezas da Nação Lunda Tchokwe, este ordenou que fossem dizimados os autóctones e assim garantir a exploração sem reivindicação sob olhar silencioso dos Partidos da Oposição de Angola; UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA, BD, PP e outros com a conivência de algumas entidades internacionais direita e indirectamente beneficiando-se dos diamantes ai explorados.


  
Assim se explica, passados mais de 72 horas, que aconteceram os actos brutais que ceifaram a vida de mais 10 inocentes cidadãos Lunda Tchokwe a procura de sustento para as suas famílias por falta de emprego, que não ouvimos ainda nenhum político angolano que veio ao público para condenar esse acto.




Aos dirigentes do MPLA, Presidente José Eduardo dos Santos, a oposição Nacional Angolana e os senhores Deputados na Assembleia: Se a guerra já acabou em 2002, porque mata-se tanta gente em Saurimo, Kaungula Xamuteba Kapenda Kamulemba (.....)? Sem qualquer razão aplausível que justifica e ultrapassa a vida humana que na hierarquia de valor tido como o  primeiro valor ético? Se o regime de JES não cria condições em Angola, sobretudo na Nação Tchokwe, Nzagi, Dundo, Luo, Cuango, Cafunfo, Cacolo, Lucapa e Calonda de desenvolvimento no território, não há emprego, não há fábricas, não há construção, não há escolas, não há hospitais, para aquela juventude sobreviver, como não pode ter que recorrer a prática de garimpo de diamante para a sua sobrevivência?..Se em Luanda no Namibe em Benguela no Kuanza Sul faz-se Pesca de subsistência familiar sem derramamento de sangue e ninguém faz cobro a isso e o peixe é parte da riqueza que a sua magra percentagem (%) contribui ao O.G.E do Angolano, mas na Lunda mata.



José Eduardo dos Santo/MPLA prometeu e até ofereceram licenças para o garimpo artesanal de diamante na sua Campanha eleitoral de 2012, afinal em pouco tempo esqueceu-se da promessa de ceder a esse mesmo povo de exploração artesanal é o que faz usa os como grupos de sondagem e pesquisa e quanto estes descubram zonas rentáveis manda os seus homens armados à expropriar as áreas a seus favores e a dos seus filhos e consórcios.



Se hoje o regime acusa os soba de coniventes ao tráficos dos diamantes na Lunda, além destes não reconhecer a terra como propriedade originaria do Estado conforme a constituição atípica de Angola,  os mentores e grandes traficantes são os dirigentes desse regime que contrata os referidos estrangeiros deixando as nossas fronteiras desprotegidas expostas para que os estrangeiros entrem e saiam na incumbência dos chefes corruptos.



E para a Nação Lunda Tchokwe como se pode entender que o Estado Angolano pretende explorar os 94% de Kimberlites que cobre um território cujas cidades terras férteis encontra se sobre tais inumeráveis Kimberlites? O macabro plano do regime de José Eduardo Dos Santo com a Rússia cria um sentimento de revolta do nosso povo, esse plano deve cessar porque a Lunda não pode encarar um fim  imediato do mundo com horizonte temporal curta das suas reservas de recursos naturais sob a mera vontade dum ditador que a todo custo quer açambarca recursos duma nação a favor de seus interesses marionéticos.



Se não é fim do mundo, o que será para as próximas gerações? Qual é a pressa se a Lunda outrora foi um celeiro de cultivo de arroz, feijão, batata rena, batata-doce,  girassol,  mandioca etc detentor das maiores bacias hídricas de África e com rios de grandes caudais e ainda existe muita procura neste campo até que Angola chega de importar esses bens no mercado internacional e porque não investir nessa área se este governo quer ver uma riqueza de todos para todos a ser protegida; Onde está a sustentabilidade dum Estado de “Um só povo e uma só Nação”? Se o diamante é um produto não renovável, porque intensificar a exploração a quase 100%? Não basta com o que já se pagou as armas da Rússia, Cuba, China, Israel? Porque não esperar o futuro com outros actores milionários; ou explorar os diamantes do mar de Angola por eles anunciado e protegerem o da terra?  



A recente reportagem sobre os passo de desenvolvimento que deu Angola em menos de dez anos em que se reflecte à Lunda Tchokwe? A Filha do presidente de Angola Isabel dos Santos dona das inumeráveis minas de diamante da Lunda consta aceleradamente nas trezentas pessoas mais ricas do mundo enquanto os ricos que a Lunda tinha desde o tempo colonial foram desprovido e processado nos tribunais de Angola pelo regime de JES a perderem os seus bens financeiros moveis e imóveis em Angola e na Lunda, confiscado a seu favor através dum famoso Processo 105 de 1985.



A ONU, A UNIÃO EUROPEIA E A UNIÃO AFRICANA, O POVO LUNDA TCHOKWE RECLAMA JUSTIÇA E LIBERDADE



O povo Lunda Tchokwe deplora a Comunidade Internacional e Nacional a advertirem o Governo do regime do Presidente José Eduardo dos Santos/MPLA e o Estado RUSSO/Alrosa sobre o recente anúncio televisivo do Ministro Angolano de Geologia e minas Carlos Sumbula, sobre uma parceria conjunta da Rússia e de Angola para intensificarem investimentos a escala maior com a exploração dos Kimberlitos no território da Lunda que roda em 94% das virgens existentes.


  
O regime do Presidente José Eduardo dos Santos/MPLA já explora 6% dos Kimberlites existentes, e sem beneficiar as populações locais, nem acomodamento e sossego as comunidade afecto.


  
Em que se podem valer a continuação do saque dos recursos da Nação Lunda Tchokwe? Que se traduzem na restrição da livre circulação dos nativos naturais daquele territórios, expropriação de terras férteis para o cultivo, a habitação, mortes indiscriminados, humilhação, pobreza e violação dos direitos humanos a todos os níveis, incluindo a prostituição, a violações sexuais de crianças, etc, etc.

  

O povo Lunda Tchokwe, repudia a recente anunciada exploração de mais de 94% de Kimberlites virgens no solo da Nação Tchokwe e responsabiliza o regime do Presidente José Eduardo dos Santos por este acto criminal de açambarcamento de recursos alheios a seu favor.




Aos potenciais investidores na exploração dos diamantes; Russos, Brasileiros, Portugueses, África do Sul, China, Israel, EUA, Arábia Saudita, União Europeia e Africanos, parem para reflectirem e deixem de contribuírem no massacre contra o povo da Nação Tchokwe.



Luanda, aos 5 de Março de 2014.


COMITÉ POLITICO DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO