Cuango, 16/01 – O Movimento do Protectorado Português
da Lunda Tchokwe, convocou uma manifestação pacifica nos termos do artigo 47º
da CRA, fez entrega com antecedência de 60 dias uma comunicação previa a Presidência
da Republica de Angola, nos termos do mesmo artigo 47º, posteriormente, isto a
partir do dia 6 de Janeiro de 2021, novas comunicações aos Governos do Kuando
Kubango, Moxico, Lunda-Sul e Lunda-Norte, também nos termos do mesmo artigo
47º, tudo em conformidade com a lei deles.
O
Governo da Lunda Norte, através da Administração Municipal do Cuango notificou
Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, a não realização da
manifestação no dia 30 de Janeiro de 2021, conforme havíamos convocado,
evocando o Decreto Presidencial Nº 10/2021, de 8 de Janeiro, que actualiza as
medidas excepcionais e temporárias a vigorar durante a situação de calamidade
da COVID-19, carta datada de 15 de Janeiro de 2021, tivemos acesso a mesma as
14 horas do referido dia.
No
mesmo dia 15 de Janeiro de 2021, pelas 18 horas, o regime ditatorial, no Município
do Cuango fez deslocar uma viatura da Policia sem mandato da Autoridade da PGR de
captura e sem crime imputado, prenderam o Secretario Nacional Adjunto de
Mobilização e Marketing do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, senhor
Paulo Jorge Kulinua e o Secretario de Informação Municipal do Cuango senhor
Henrique Ylinga.
Quando
no período matinal de 15/01/2021 os mesmos estiveram na administração já
referida, a pedido daquela instituição para receber o documento que visava
indeferir a realização da manifestação convocada para o dia 30 do mês e o ano
em curso, invocando caso Covid 19 esquecendo se que a a reclamação de autonomia
já dura 15 anos, e o Covid 19 é de ontem (2020).
Aliás
o Decreto da Presidencial do Governo angolano sobre as medidas de prevenção não
anula e nem substituir o direito de reclamar que está plasmado no artigo 47º da
constituição angolana.
O
que o Decreto Presidencial visa é diminuição do aparado populacional o que o
movimento na técnica da sua organização para essa manifestação não pôs de
parte.
Surpreendemente,
é prendido as duas pessoas em casa do senhor Paulo Jorge Kulinua sem razões
mesmo sabendo que falta mais 15 dias para realização da Manifestação, esta
manha 16 de Janeiro de 2021, a mesma Policia voltou para vandalizar as casas do
senhor Paulo Jorge Kulinua e do senhor Henrique Ylinga, tendo destruído uma série
de documento e arrombado vários pertences das famílias, levaram consigo
cadeiras, catanas, machado e enchadas, estes materiais para justificar que os
mesmos tiveram resistência as Autoridades e que usaram estes meios para os
ameaçar como sempre fazem a policia ditatorial.
É
com as intimidações que o movimento cresceu. Essa não é a solução. Porque
muitos Paulo e Henrique vão nascendo essa noite na Lunda e a Revolução vai
continuar a sua marcha triunfal até a vitória final e a constituição do nosso
Governo.
A
solução da questão Lunda Tchokwe reclamada a 15 anos (2006-2021) é a negociação
e a autonomia desejada um direito legítimo e natural.
O
Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe apela ao senhor Presidente
da Republica João Manuel Gonçalves Lourenço, ao Presidente da Assembleia
Nacional Fernando da Piedade Dias dos Santos, aos senhores Deputados e aos
Presidentes dos Partidos Angolanos com assento Parlamentar e não só, a
Comunidade Internacional, a ONU, a União Africana, a União Europeia, as
Organizações de defesa dos direitos humanos e sobretudo ao nosso Protector
Portugal (1885-1894/1975-2021), que o dialogo é a única saída entre Angola e a
Lunda Tchokwe, se Angola é um estado democrático e de direito onde o cidadão
tem o direito de escolha sem intimidações, a perseguição partidária e politica não
resolve os problemas do nosso povo.
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