Retrospectiva de 2018
Em
Fevereiro do corrente ano (2018), o malogrado Francisco Kabila então Director do Jornal Manchete conduziu
pessoalmente a entrevista com o Presidente do Movimento do Protectorado Lunda
Tchokwe, José Mateus Zecamutchima no
dia 27 e, na sequência da manifestação do dia 24 do mesmo mês.
O
Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe traz a estampa esta matéria como
homenagem aquela personalidade que deixou o mundo dos vivo muito cedo e o
colectivo dos Jornalistas e Profissionais do Jornal Manchete.
A seguir a entrevista:
JORNAL MANCHETE (JM): - Como o
Protectorado Lunda Tchokwe está a analisar os pronunciamentos do Presidente da
República sobre as eleições Autárquicas em Angola?
José
Mateus Zecamutchima (JMZ). - Primeiro
agradecer o convite do Jornal Manchete e do senhor Jornalista, para esta entrevista,
que consideramos importante neste momento histórico de Angola, depois de 43
anos da sua independência da colonização Portuguesa de mais de 493 anos. O
momento é histórico pelo facto de, nos últimos 43 anos da governação do MPLA,
não termos assistido alternância de poderes. O ano de 2017 pode ser
considerado, na nossa pequena visão uma mudança de 180º no interior do MPLA e
em Angola, pois uma luz no fundo do túnel vai acendendo e dar clareza a região
escura do espaço.
O
Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, pronunciou-se em Benguela sobre o
gradualismo na realização das eleições Autárquicas em Angola antes de 2022,
tudo bem, os Partidos e a Sociedade civil devem começar a trabalhar já, já,
para o êxito do que se pretende. Para o Movimento do Protectorado Lunda
Tchokwe, surge uma interrogação. Porque do gradualismo autárquico Angolano? A
ser assim, o governo esta a legalizar as assimetrias nas regiões que eles
consideram não possuírem condições estruturais para tal, quem deveria criar
essas condições? E qual é o horizonte para a criação das condições nas
localidades que hoje não as tem? Ou seja, os pobres continuarão pobres e os
ricos ficarão ainda mais ricos.
JORNAL MANCHETE (JM): - Será uma
oportunidade para a organização que dirige participar delas no sentido de
conseguir Autarcas?
Jose Mateus Zecamutchima (JMZ). - O Movimento do Protectorado surgiu para
defender o direito de Autodeterminação do Estado Lunda Tchokwe, protectorado Português
desde 1885 para cá, ou seja, o objectivo do nosso povo é a formação de governo
próprio, assente nas raízes culturais e etnolinguistico do mosaico Tchokwe em
toda a extensão territorial desde o Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e Norte.
Quero esclarecer que, nós não somos uma província, mas sim um estado. Portanto
a formação do Governo da Lunda Tchokwe é inclusiva com todas as forças
políticas em Angola.
Realizado este feito, estaríamos disponíveis internamente a
realizar as eleições Autárquicas do Estado Lunda Tchokwe, foi isso que
comunicamos ao Governo do MPLA desde 2012 quando entregamos o Estatuto para
Autonomia daquele território como Escócia ao ex-presidente José Eduardo dos
Santos. Temos que libertar o povo das garras da subjugação colonial e depois
virar as baterias às questões meramente políticas administrativos como tal. A
Escócia, a Catalunha, a Madeira entre outros Estados Autônomos no mundo
democrático e de direito tem sim autarquias.
JORNAL MANCHETE (JM): - Será o
consolidar dos vossos objectivos de longos anos, com vista à governação da
região lunda Tchokwe?
JMZ. - A consolidação dos nossos objectivos virá
primeiro no reconhecimento da Autonomia Lunda Tchokwe, da formação do governo
próprio, do reconhecimento de que o Lunda tem capacidade de sua autogovernação,
do respeito que devemos granjear no mundo inteiro, queremos que os outros nos
vejam com o nosso orgulho, porque queremos ver atletas com a Bandeira Lunda
Tchokwe nos eventos internacionais, nas instituições internacionais, lado a
lado junto com a fraternidade angolana, é isto que se chama objectivos
consolidados da governação, nada de subalternação ou subordinação que é
bastante humilhação. O Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe assume-se como
uma organização “Nacionalista democrática”, defendemos um nacionalismo
não-xenofóbica, compatível com valores de liberdade, tolerância, igualdade e
direitos individuais, uma identidade nacional para os indivíduos a terem uma
vida significativa e autônomo.
JORNAL MANCHETE (JM): - O Movimento
do Protectorado luta pela autonomia da região Lunda, mas, as autarquias não
seriam o remediar das coisas já que o Governo insiste em não abrir mãos as
vossas Reivindicações?
JMZ. - Muito bem senhor Jornalista, o Governo do MPLA
insiste em não abrir as mãos sobre a reivindicação do povo Lunda Tchokwe ao seu
direito legitimo e natural, o mesmo fazia Portugal para com Angola, os
nacionalistas angolanos no seio da luta de libertação eram chamados de “TURAS”,
bandidos e que Angola era Província ultramarina de Portugal. Vejamos o que
dizia a constituição de Portugal de 1826, citamos – “Em 1826 a constituição
portuguesa confirma a colónia de Angola, no seu Artigo 2º – O seu território
forma o Reino de Portugal e dos Algarves e compreende:
1.º
- Na Europa, o Reino de Portugal, que se compõe das províncias do Minho,
Trás-os-Montes, Beira, Estremadura, Alentejo e Reino do Algarve e das Ilhas
Adjacentes, Madeira, Porto Santos e Açores.
2.º
- Na Africa Ocidental, Bissau e Cacheu; na Costa da Mina, o Forte de S. João
Baptista de Ajuda, Angola, Benguela e suas dependências, Cabinda e Malembo, as
Ilhas de Cabo Verde, S.Tomé e Príncipe e suas dependências; na costa Oriental,
Moçambique, Rio Sena, Sofala, Inhambane, Quelimane e as Ilhas de Cabo Delgado.
3.º-
Na Ásia, Salsete, Berdez, Goa, Damão e os estabelecimentos de Macau e das Ilhas
de Solar e Timor.
Artigo
3.º – A Nação (Portuguesa) não renuncia o direito, que tenha a qualquer porção
de território nestas três partes do Mundo, compreendida no antecedente Artigo.
Quem
governa hoje em Angola? Portugal ou os Angolanos, e foram mais de 493 anos de colonização. A
ocupação angolana na Lunda tem simplesmente 43 anos, muito pouco e ai vem a
nossa liberdade.
JORNAL MANCHETE (JM): - Já agora, o
Movimento que dirige vai ou não participar das eleições Autárquicas? Caso
participe já tem em vista negociações com forças políticas para apoiar as
vossas Candidaturas?
JMZ. - O Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, não
vai participar das eleições Autárquicas do Governo Angolano, seria traição ao
nosso povo a quem juramos fidelidade a sua autodeterminação. O Movimento surgiu
com objectivos claros, o da libertação do jugo colonial. Temos transmitido essa
nossa preocupação aos Líderes dos Partidos Políticos Angolanos nos encontros
que tivemos com o Dr. Abel Chivukuvuku da CASA-CE, com o Dr. Isaias Samakuva da
UNITA, com os Dirigentes do PRS Dr. Benedito Daniel, com a CEAST e com as
Embaixadas dos Estados Unidos de America, França, Bélgica, Alemanha, Reino
Unido, Portugal e algumas Africanas que não é necessário citar todos para não
alargar a lista das individualidades e instituições que nos colocaram a mesma
pergunta anteriormente.
JORNAL MANCHETE (JM): - Até onde
vai a vossa luta sobre a autonomia da Região Lunda Tchokwe que compreende entre
outros, os territórios das Lundas Sul e Norte, bem como o México e Kuando
Kubango?
JMZ. - Senhor Jornalista, os Lundas de hoje,
vencemos o mito da invencibilidade do regime angolano. Vencemos também a
humilhação que se faz contra os quadros acadêmicos Lunda Tchokwe. O senhor João
Lourenço, quando da entrevista dos 100 dias da sua investidura, dizia ele no
caso “Manuel Vicente” com Portugal
que Angola ia espera nem que passem anos, é isso que os Lundas vamos fazer
continuar a luta como água mole que bate na pedra dura até finalmente furar. A Revolução
Cubana demorou 150 anos até alcançar a vitoria, a guerrilha Colombiana durou 50
anos, a Apartheid na Africa do Sul durou o tempo que todos conhecemos, mas venceram,
pois nada perdura para sempre assim diz as “Sagradas Escrituras”. O MPLA dizia
que ao inimigo nem um palmo da nossa terra, referindo-se a guerra civil
angolana com a UNITA do Dr. Jonas Malheiro Savimbi, hoje a UNITA esta no
governo e no Parlamento.
JORNAL MANCHETE (JM): - Mas os
vossos membros estão a ser alvo de retaliação quando se manifestam em defesa da
vossa causa...
JMZ. - O que o Governo do MPLA esta a fazer com os
membros do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe não pode ser considerado
como retaliação, ao contrário esta promover a nossa luta a ser conhecida no
mundo. Hoje a um interesse maior na mídia nacional e internacional que já se
despertou com o processo que a bem pouco tempo era desconhecido, graças ao que
dizes retaliação. Por outro lado, esse é o comportamento dos colonialistas e
ditadores, sem duvidas, o MPLA esta com medo de perder o Reino Lunda Tchokwe,
mas o caminho que escolheu ira necessariamente desembocar na Independência pelo
crescimento do interesse da Comunidade Internacional. Pedimos uma coisa simples,
não quer , pedimos dedo não quer, quando pedirmos o braço vai ter que dar.
JORNAL MANCHETE (JM): - Falemos um
pouco sobre as últimas manifestações por voz realizadas na Lunda Norte e que
perspectivas para os próximos dias, já que se fala na preparação de mais uma?
JMZ.- Sobre esta manifestação que o Governo do MPLA
brutalmente violentou, devo dizer que o MPLA de José Eduardo dos Santos é igual
ao MPLA de João Manuel Gonçalves Lourenço, sem diferença. Lamento, havíamos
apelado ao nosso povo para boicotar as eleições em 2017, enganadas votaram na
desgraça e o resulta é o que estamos assistir. Escrevemos no dia 15 de Janeiro
e 1 de Fevereiro, ao Presidente e o Ministro do Interior respectivamente, anunciamos
a realização desta manifestação nas rádios, online e nas redes sociais,
distribuímos as copias das cartas aos Governos Provinciais e Municipais
incluindo a Policia, a tirania angolana agiu como sempre, ignorou a própria
constituição deles. Vamos continuar a escrever e a realizar nos próximos 60 ou 90
dias outra manifestação, o nosso povo esta consciente disso.
JORNAL MANCHETE (JM): - Falava se
na possibilidade do Movimento do Protectorado se transformar em partido
político, essa não seria a melhor forma de participação já que,
eventualmente, teriam assento no Parlamento e lá apresentarem as vossas
iniciativas sobre a alegada autonomia Territorial?
JMZ.- O Movimento do Protectorado é uma organização em luta pacifica em busca
de autodeterminação do Reino Lunda Tchokwe, da consolidação do estado Lunda,
não precisa de se transformar em um Partido Angolano e concorrer a Deputados para
o Parlamento. Não somos políticos garimpeiros em busca de benefícios pessoais
ou colectivos. A nossa luta é o nosso direito secular e natural. O Reino Lunda
Tchokwe – Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e Norte, um país que terá um
Parlamento e Partidos no seu interior onde se incluirá também o MPLA, UNITA,
CASA-CE, PRS, FNLA, BD etc., porque é que os Deputados de Cabinda tal como os
vindos da Lunda presentemente na Assembléia Nacional não defendem as posições
da FLEC e do Protectorado? Porque tem um regimento coercivo e um regulamento
ditatorial que não permite opiniões diferentes de Deputados, quero lembrar
nisso o livro Verde de Kadaffi da Libia.
JORNAL MANCHETE (JM): - O que o
país ganharia com a autonomia por voz desejada há muitos Anos?
JMZ. - O desenvolvimento sustentável de Angola e o
fim das famosas assimetrias regionais terão o seu fim definitivo com Autonomia
Lunda Tchokwe. O ritmo do desenvolvimento que o Reino Lunda Tchokwe vai
experimentar ira empregar os quadros angolanos que estão no desemprego, a
competição no desenvolvimento interestadual dará impulso a que outra regiões se
desenvolvam. O nascimento de novas cidades, novas estradas, novos aeroportos,
portos secos, novas indústrias transformadoras e Extractivas, novas escolas e novas
universidades, a valorização do cidadão nacional, o reconhecimento das
competências dos quadros Lundas e os Angolanos será outra mais valia. A
cooperação precedida de investimentos internacionais para o arranque dos grandes
projectos econômicos sociais Lunda Tchokwe empregará varias pessoas do
quadrante Angola sem necessidade de recorrer à mão de obra da china, porque
primeiro serão os angolanos, segundos os angolanos, terceiro os angolanos,
quarto os angolanos e depois a mão de obra estrangeira, portanto há um cem ou
mesmo milhões de opções ao desenvolvimento como Israel do deserto dos últimos
70 anos.
JORNAL MANCHETE (JM): - O Partido
de Renovação Social, cujo bastião e o território que o Protectorado pretende
que haja autonomia, não seria boa idéia se se juntassem e encontrasse um meio
Termo?
JMZ. - O Partido de Renovação Social abreviadamente
PRS, é um Partido legalizado de âmbito nacional que luta pelos Poderes da
Republica de Angola, o facto de seus dirigentes serem filhos ou naturais Lunda
Tchokwe não pode ser confundida com a defesa do Protectorado que é uma coisa
diferente. O Protectorado defende simplesmente o Reino Lunda Tchokwe, não
defende Angola no seu todo. Nós não vamos formar Partido no contexto de Angola
nem coligações, podemos sim ter convênios políticos tanto com o MPLA, a UNITA,
a CASA-SE, o PRS, a FNLA, o BD ou outra força política Angolana para o alcance
dos objectivos Lunda Tchokwe.
JORNAL MANCHETE (JM): - Acha que o
Presidente João Lourenço, vai abrir mãos para a concretização dos vossos
Anseios, sendo ele do MPLA a semelhança do seu Antecessor?
JMZ.- Senhor Jornalista, praticamente já respondi essa
pergunta, contudo vou acrescentar alguma coisa que eu acho pertinente. O senhor
João Manuel Gonçalves Lourenço é Vice Presidente do MPLA e membro do seu Bureau
Político. João Manuel Gonçalves Lourenço não foi eleito no Congresso em Agosto
de 2016 como Candidato a Cabeça de Lista do MPLA. O senhor João Manuel
Gonçalves Lourenço foi indicado pelo Eng.º José Eduardo dos Santos numa reunião
do BP sem a presença dos militantes do MPLA, quisesse ele abrir mãos ao
processo reivindicativo Lunda Tchokwe sem o consentimento de Jose Eduardo dos
Santos, de momento é impensável. Outrossim, são as riqueza da Lunda que estão
em jogo, quem fica com as minas de
diamantes, a madeira, as florestas e as águas. O processo Lunda Tchokwe tem
estado a dividir o Bureau Político do MPLA, as Forças Armadas Angolanas, a
Liderança da Policia Nacional e toda a elite governativa, tivesse João Manuel
Gonçalves Lourenço a mesma coragem do Presidente Juan Manuel dos Santos da
Colômbia.
JORNAL MANCHETE (JM): - Mas o
Executivo liderado pelo MPLA desde 1975 continua a assegurar-se no protesto
segundo o qual, Angola é una e indivisível.
JMZ.- O MPLA de Agostinho Neto e José Eduardo dos
Santos defendeu sempre “um Só Povo e uma Só Nação”. Aqui não existe um povo
único, fomos aldrabados ao longo dos 43 anos do MPLA no poder em Angola. A França
é um só povo e uma só nação que fala Frances. Portugal é um só povo e uma só
nação que fala Português. A Rússia é um só povo e uma só nação que fala o
russo. Angola é um só povo e uma só nação com etnias que falam as línguas Fiote,
Kicongo, Kimbundo, Tchokwe, Nganguela, Umbundo, Kuanhama e Nhaneka humbe, etc,
etc,. É possível definir este mosaico etnolinguistico e cultural angolano de um
só povo e uma só nação?
Angola
é una e indivisível o Reino Lunda Tchokwe também é uno e indivisível, tal como
a Namíbia, Zâmbia, Moçambique, França, Portugal, Rússia, Itália ou Zimbábue. O
MPLA usou esta formula para poder colonizar outros povos e Reinos no interior
de Angola criada pelos Portugueses, por isso é uma terra criola cujo lideres
duvidoso continuam a colonizar os outros.
JORNAL MANCHETE (JM): - Qual a
vossa relação com as organizações de Cabinda que, contrariamente a vocês,
querem a independência do Enclave?
JMZ.- Devo dizer que tanto Cabinda como o Reino Lunda
Tchokwe, são Estados Independentes sob jugo colonial de Angola desde 1975. Cabinda
e Lunda Tchokwe são Protectorado Português desde 1885 para cá, não foram
revogados os termos dos tratados assinados com Portugal. Portugal e o seu povo,
Partidos Políticos Portugueses classe acadêmica daquele país, todos eles estão
consciente disso. As duas reivindicações têm razões de serem, Autonomia é
também Independência basta irmos ao dicionário da Porto editor para definirmos
a palavra Autonomia da palavra Independência.
O
Protectorado Lunda Tchokwe tem boas relações com algumas individualidades da
FLEC embora não existe algum convenio neste sentido. Temos encorajado os nossos
irmãos Cabindas a levar a bom termo a reivindicação do Povo Cabindês a sua
autodeterminação tal como o nosso povo o faz.
JORNAL MANCHETE (JM): - Para
terminar, o que, o Presidente do Protectorado tem para dizer aos Angolanos e ao
povo Lunda?
José Mateus Zecamutchima (JMZ).- Primeiro agradecer a solidariedade e o apoio que
temos recebido pelos angolanos que nos têm encorajado e a muito tempo compreenderam
a causa Lunda Tchokwe, alguma entidade da Sociedade civil angolana e
organizações de defesa de direitos humanos, sem deixar de agradecer também os
advogados e a mídia angolana bem como a estrangeira que tem levado o nosso
clamor além fronteiras de Angola.
Ao
povo Lunda Tchokwe pedimos apoio
incondicional, a união de todos é a mãe da vitoria, a coesão das estruturas do
movimento é importante neste momento em que o MPLA tudo esta a fazer para
tentar dividir as pessoas em Ilhas e deitar abaixo o processo. A luta pacifica
através das manifestações vai continuar até alcançar a nossa autonomia. Chamar
atenção as autoridades do poder tradicional e a igreja da Lunda sobre as mentiras do MPLA. Não é a esperança que da a
vitoria, mas sim a persistência. Sempre juntos nesta caminhada.
Francisco Cabila, muito obrigado Sr Presidente, estamos juntos!
José Mateus Zecamutchima, muito obrigado mais uma vez!