segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

CIDADÃO LUNDA TCHOKWE ASSASSINATO EM SUA PROPRIA CASA NO CAPENDA CAMULEMBA

CIDADÃO LUNDA TCHOKWE ASSASSINATO EM SUA PROPRIA CASA NO CAPENDA CAMULEMBA




CAPENDA CAMULEMBA-28/12 – por volta das 18 horas do de Sábado 27 de Dezembro, um individuo penetrou no interior da casa do malogrado Venâncio Capenda, disparou contra o malogrado, quando a sua esposa se encontra numa casa vizinha.


Os tiros despertaram a vizinha que correu em seguida até a casa do malogrado, ainda o encontraram com vida, mas com dois tiros no pescoço e no peito.


O malogrado foi levado em seguida para o centro Hospital  municipal, onde o tentaram salvar mas não foi possível, faleceu neste domingo as 5 horas.


A Policia do Comando Municipal, parece com dificuldades para descobrir o assassino do malogrado Venâncio Capenda de 65 anos de idade.


De acordo com a família, o malogrado membro da família real Capenda Camulemba, era um pacato que nunca teve brigas com ninguém, aliás era uma pessoa muito respeitado por todos, não usava bebidas alcoólicas, nunca se meteu com ninguém,  esta sendo difícil a família gerir esta situação.



Por F.João em Capenda Camulemba

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO A NAÇAO LUNDA TCHOKWE

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO A NAÇÃO LUNDA TCHOKWE






Caros compatriotas, grande dignidade da nobreza sofredor Lunda Tchokwe!


Caros irmãos, povo Lunda Tchokwe, nossas Aldeias, Sanzalas, Bairros, Comunas, Municípios e Cidades da vasta Nação Lunda Tchokwe, estamos em pleno período de festas do final de ano de 2014 e a espera da chegada de 2015.


Os desafios para o próximo ano de 2015 serão inúmeros, para cada cidadão da nossa linda terra, da nossa amada Nação Lunda Tchokwe que é o nosso orgulho ao lado dos povos que lutam para a justiça, liberdade, igualdade social e política.



Este período festivo representa paz e reconciliação, unidade, solidariedade, simplicidade que são valores que devemos continuar a seguir, por isso que Jesus Cristo denunciou a violência e a vingança e apenas as mensagens pregadas de arrependimento e de salvação, tanto espiritual como físico.



São estes valores de interesse para todos nós, são estes valores com que poderemos exigir dignidade com dignidade, a fim de servir unidos a luta para a emancipação da nossa usurpada Nação Lunda Tchokwe, desde o Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e Norte, com todos os seus povos; Luimbi, Ambuela, Nganguela, Bângalas, Mbunda, Lutchaze, Minungu, Xinge, Tchokwe, Lunda, Muluba, Pende e tantos outros que compõe o nosso mosaico multicultural e étnico.



No ano de 2014, tivemos muitas vitrias no campo politico, o nosso Movimento se consolidou, , a comunidade internacional compreendeu melhor a nossa causa, por isso a ONU, através do Alto Comissariado dos Direitos Humanos, convidaram o Movimento do Protectorado e participamos da Conferência realizada de 28 de Outubro a 4 de Novembro de 2014 em Genebra, Suíça , o poder tradicional Lunda Tchokwe, aproximou-se mais, Lideres religiosos da nossa terra compreenderam bem a nossa causa, a imprensa nacional e internacional esteve lado a lado com a causa do nosso povo, em fim, muitos membros do Governo Angolano também compreenderam que o caminho da AUTONOMIA exigido é o mais certo e os Partidos da oposição Angolana e Personalidades particulares estiveram do nosso lado, aos quais agradecemos o seu apoio e desejamos muita saúde e festas felizes.

  

Em 2014 outros ganhos tiveram lugar, o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos reconheceu que existe violações dos Direitos Humanos na Lunda, a 10ª Comissão da Assembleia Nacional recebeu uma Delegação do Movimento para discutir as violações aos direitos Humanos  referidos.


Na sequência de cartas dirigidas aquelas Instituições do Governo Angolano e a Assembleia Nacional pelo Movimento do Protectorado sugerindo a criação de uma Comissão Multisectorial para a investigação e inquérito dos assassinatos impunes ocorridos nos últimos 5 anos no território Lunda Tchokwe e apresentamos um relatrio com mais de 200 vitimas mortais, o restante em investigação.



Entregamos Cartas a diferentes entidades internacionais, entre os quais; o Secretario de Estado Americano, John Kerry aquando da sua visita a Angola para o Presidente Barack Obama, ao Secretario Geral da ONU Banki Moon e ao Santo Pontífice o Papa Francisco no Vaticano.



A missão externa reuniu em Portugal com membros da Assembleia da Republica, com Dr Mario Soares, visitou o reino da Espanha, a Escócia e esteve em trabalho diplomático no resto da Europa durante o ano que termina, onde explicaram a razão da reivindicação da Autonomia da Nação Lunda Tchokwe de Angola.



A autoridade do Poder Tradicional Lunda Tchokwe, reuniu na cidade do Luena e decidiu apoiar o Movimento do Protectorado, dirigindo publicamente uma Carta ao Presidente José Eduardo dos Santos, onde manifestaram esse apoio, enquanto eram recebidos pelas Presidências de Partidos da oposição Angolana com assento no Parlamento a quem informaram do conteúdo da carta ao Presidente.



O hino a bandeira foram os grandes ganhos do nosso povo no ano que termina.



A nossa luta continuará em 2015, iremos bater em todas as portas  em Angola e na Comunidade Internacional para uma solução “PACIFICA” e de “DIALOGO” imediato da “Questão do Conflito da Lunda Tchokwe”, mostrando deste modo ao Senhor Presidente da Republica de Angola e do MPLA, Eng.º José Eduardo dos Santos, que só dialogando os homens se entendem, aliás, o Presidente em seus pronunciamentos públicos, sempre defendeu regra da resolução de conflitos deve ser o diálogo e o debate franco e aberto, como forma de alcançar o consenso.



Para José Eduardo dos Santos, as questões de natureza interna, e mesmo as que possam ocorrer a nível internacional, não devem ser dirimidas por via da confrontação violenta, mas sim através da concertação e negociação permanentes, até se chegar a um acordo que dê resposta às aspirações das partes envolvidas, mas que ao mesmo tempo se conforme com os superiores interesses nacionais, tal como a soberania, a unidade e a integridade da nação e o respeito pela dignidade humana.




Como é do conhecimento publico, a solução da questão da Autonomia da Lunda Tchokwe, depende do pronunciamento do Presidente José Eduardo dos Santos, que se mantém calado como um “tomulo”, todas as entidades Nacionais e Internacionais, apontam o dedo  no presidente, que ja deveria compreende que todos os conflitos; pequenos ou grandes, terminaram sempre na mesa de conversações e não por uma derrota militar, por ironia do destino o Presidente Angolano vai mandar em confrontações violentas mais de 2000 militares para a RDC e a RCA, enquanto vaticina que o dialogo deveria ser privilegiado; nos anos 80 – 90, ele dizia: “fazer a guerra para acabar com a guerra”.



Este Presidente que se contradiz, estará disposta, algum dia para se pronunciar sobre o conflito com a Nação Lunda Tchokwe? E como dizem os jornalista, estará disposto para abrir a mão a autonomia da Lunda sem confrontação violenta? Ele é mesmo arquitecto da PAZ? Esta arrogância conduz-nos na concertação e negociação permanentes?



Angola e o Presidente José Eduardo dos Santos, têm pela frente grandes dossiers; o processo da Conferência dos Grandes Lagos de que ele é o Presidente em Exercício, sobre o conflito na RDC e na RCA, a entrada no Conselho de Segurança da ONU como membro não permanente, mas que primeiro deve resolver os problemas internos, entre os quais a “AUTONOMIA DA NAÇÃO LUNDA TCHOKWE”.




Aos membros do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, o ano de 2015, será de muitos desafios, de mobilização generalizada e da procura de novas vitórias políticas, será o ano de entrega profundo, iremos realizar uma serie de Manifestações Pacificas de acordo com o artigo 47º da  Constituição de Angola, para de viva voz exigirmos do Presidente José Eduardo dos Santos, seu pronunciamento ao “DIALOGO PARA A AUTONOMIA DA NAÇÃO LUNDA TCHOKWE”, um direito histrico natural e jurídico da nossa terra reconhecida pelas 14 Nações participantes da Conferência de Berlim de 1884 – 1885, para a partilha de Africa a colonização Europeia.



A Autonomia da Nação Lunda Tchokwe, não será uma obra de um homem, ou de um grupo de pessoas fanáticas. A Autonomia será construída por muitos filhos Lunda Tchokwe, começou a ser construída muito antes, desde de 1885 – 1894, quando foram assinados os tratados de Protectorados com Portugal sob a observação internacional da França, Bélgica, Alemanha, Inglaterra e a presença do Vaticano.



A nossa Autodeterminação, traduzida em Autonomia, será construída por varias pessoas; Angolanos, Bacongos, Ndongos, Kwanhamas e Umbundos e pessoas de diversas Nações com  distintas opções ideologicas, com o apoio de organizações cívicas e politicas e de Governos em Africa, Europa e a Comunidade das Nações Unidas.



Essa será a nossa tarefa primordial em 2015, a “DIPLOMACIA” profunda com os representantes da Missão Externa do Movimento do Protectorado radicados na diáspora, em Africa, na America e na Europa.



A imprensa e a comunicação social que joga um grande papel na divulgação da verdade, na informação e formação de um homem novo, será a nossa arma principal, contamos com os jornalistas e advogados e juristas, aos quais desejamos festas felizes.



O Movimento do Protectorado continuará em 2015, com o projecto da rádio e a produção independente do jornal “O Protectorado a Voz da Nação Lunda Tchokwe”, circunstancial de levar ao conhecimento do nosso povo e o publico no geral as nossas realizações, meios que garantirão a estabilidade da denuncia de tudo aquilo que acontecerá naquele território.



Em 2014 os diamantes renderam mais de 1,2 mil milhões de dolares para o Governo do ditador,  sendo os diamantes a segunda economia no peso do orçamento de Angola, onde a Lunda Tchokwe vende mais de 78,2% de todos os diamantes que Angola comercializa, enriquece a familia do Presidente José Eduardo dos Santos, Generais das FAA e amigos mais proximo do ditador, a situação económica e social da NAÇÃO LUNDA TCHOKWE é zero.



O propalado crescimento económico operado em Angola não se traduz em benefício no territorio Lunda Tchokwe, onde falta tudo; desde infraestruturas, escolas, hospitais, estradas, falta de emprego, pobreza extremo, miséria e fome, milhares de crianças não têm acesso à escola, onde a qualidade de ensino é péssima, água potável e energia são miragens para mais de 90% da população Tchokwe.


Persiste a situação de elevadas taxas de mortalidade infantil e materna na Lunda Tchokwe, segundo dados oficiais; morreram em 2014 na localidade de Cafunfo, Cuango e Saurimo mais de 12000 crianças com diferentes patologias, por falta de hospitais de referência, falta de médicos por especialidades e falta de medicamentos, a expropriação de terras aos camponeses continua, o cenário da Nação Lunda Tchokwe  situa-se entre os piores de Angola e da região da Africa Austral.



Você que é filho Lunda Tchokwe; Ministro, Militar, Policia Nacional, da Marinha, da Força Aérea, da Policia de Intervenção Rapida, Governador ou Administrador Municipal ao serviço do ditador e do MPLA, você que é Jornalista, Advogado e Jurista, Professor Universitário, Politico ou Deputado vai ficar indiferente perante este quadro desolador da sua prpria terra? Os intelectuais e acadêmicos Lunda Tchokwe não podem ficar calados e indiferentes!



Conhecer a verdade porque a verdade liberta, de nós todos se espera a capacidade de virarmos a pagina colonizadora, com autenticidade e verdade. O futuro da Lunda Tchokwe  encontra-se ancorado dentro de cada um de nós, na união de forças e de acção conjugada irreversível e incondicional para uma Autonomia, igual a Escócia, Irlanda do Norte, Pais de Gales no Reino Unido da Inglaterra ou a Catalunha na Espanha.



A nossa luta é legitima, é contra a usurpação e o neo colonialismo moderno, Africano, acompanhado da Incapacidade e impotência com pendor repressivo sobre o Movimento Reivindicativo Lunda Tchokwe,  com a promoção gratuita da  violência que cresce todos os dias na Lunda, o não atendimento ao dialogo que estamos propondo ao senhor Presidente José Eduardo dos Santos, conjugada com repressão e intimidação permanentes.



Finalmente inclino-me perante a memória dos membros anônimos desaparecidos em defesa da Autonomia Lunda Tchokwe e acolho com agrado os sentimentos de reconhecimento de muitos filhos da nossa terra , a sua solidariedade nos dá mais força e coragem para continuarmos a sacrificar a nossa vida e a da nossa própria família, que há muito perderam o nosso carinho e amor.



Orgulhamo-nos também do apoio do nosso povo, da Autoridade do Poder Tradicional Lunda Tchokwe, perseguida todos os dia pelo MPLA, pelo facto de estes apoiarem sem reserva o Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe.



Os desafios em 2015 serão maiores ainda, como a obsessão permanente do regime ditatorial na implementação de mecanismos sofisticados de controlo da sociedade, desde a proliferação de câmaras de vigilância, a perseguição homem-a-homem, as escutas telefônicas dos activistas do movimento e de organizações não governamentais, pelos serviços de segurança; SINSE/SINFO, SISM, com ameaças sistemáticas, prisões, torturas e outras formas repressivas, dos assassinatos persistentes na Lunda sobretudo no Loremo, Caungula, Cafunfo, Cuango, Cacolo, Calonda e no Nzaji.



Aos membros do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, a UMULE - União da mulher Lunda Tchokwe,  JUPLE - Juventude Patriótica Lunda Tchokwe e o nosso povo,  desejamo-vos empenho com disciplina e organização para em 2015 podermos vencer a nossa causa.



Abençoamos todas as famílias de Angola e em Particular as da Nação Lunda Tchokwe, que DEUS esteja connosco em sabedoria, que a prosperidades venha para todos no ano de 2015.



José Mateus Zecamutchima



Presidente do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

ANGOLA: DINHEIRO CONTINUARA NAS MÃOS DA FAMÍLIA PRESIDÊNCIA DE ACORDO COM MARCOLINO MOCO EM ENTREVISTA A DW

ANGOLA: DINHEIRO CONTINUARA NAS MÃOS DA FAMÍLIA PRESIDÊNCIA DE ACORDO COM MARCOLINO MOCO EM ENTREVISTA A DW




Em 2015, Angola vai estar no centro da diplomacia africana e para os dirigentes de Luanda trata-se de uma "nova imagem de Angola" que se afirma ao fim de 12 anos de paz. E ao nível interno que cenários se perspetivam?


O país transita para o novo ano com uma lista de problemas, principalmente aos níveis económico, social e político. A crescente desigualdade social e a baixa do preço do petróleo no mercado internacional poderão contribuir para o aumento do descontentamento.


Sobre as perspetivas para Angola em 2015, aos níveis internacional e interno, a DW África entrevistou o ex-primeiro ministro do país Marcolino Moco.


DW África: Angola vai presidir o Conselho de Segurança da ONU, vai enviar uma missão militar de 2000 homens para a RCA e Luanda vai receber, ao longo do ano, a Conferência internacional sobre a pirataria no Golfo da Guiné. Como vê o desempenho de Angola no centro da diplomacia africana em 2015?


Marcolino Moco (MM): Penso que é o resultado de um trabalho muito profícuo, com o Presidente José Eduardo dos Santos a centralizar todo o poder do Estado. Tem todos os meios para o fazer, está à beira das próximas eleições gerais que serão em 2017 e sabemos que os políticos teimam em relançar a imagem do Estado lá fora apesar dos problemas internos muito graves. Dentro do país vivemos problemas muito sérios que contrastam de forma drástica com os proventos que o Estado tem tido nos últimos anos e todos eles, no fundamental, passados para as mãos da família presidencial.


DW África: Isso quer dizer que os reflexos a nível interno não acompanharão essa política internacional de Angola?


MM: Vão acompanhar naquilo que for folclórico e não na melhoria de vida dos cidadãos angolanos. Por exemplo, os jovens vão continuar a ver as suas aspirações frustradas, as estradas para o interior continuarão esburacadas, os bairros de Luanda continuarão a brilhar para o inglês ver, como se costuma dizer, mas a juventude, as pessoas perdem o emprego e continuarão a ver os seus desideratos frustrados.


DW África: Apesar de toda essa visibilidade para 2015, Angola enfrenta no plano interno um Orçamento que condiciona alguns investimentos, principalmente na educação, saúde e infraestruturas. Acha que a instabilidade social vai continuar com manifestações da sociedade civil, nomeadamente dos jovens, para chamar a atenção das autoridades sobre esse cortes que vão ter lugar?


MM: Os cortes, e sobretudo a exuberância com que a elite presidencial se apresenta e que nem tem se quer, pelo menos, o cuidado de dissimular a arrogância do Estado... Isso vai continuar. A repressão vai assumir proporções cada vez maiores e infelizmente debaixo da carapaça da soberania as potências vão continuar a melhorar as suas relações com Angola com o pretexto de que é um ponto de base para a estabilidade regional, até que um dia aconteça algo à semelhança do que ocorreu no Burquina Faso. O problema das potências externas, que se resume apenas nos seus negócios, no caso de Angola o negócio de petróleo, é que não olham para esses problemas internos, que de um momento para o outro desencadeiam situações que depois são desagradáveis.

DW África: Com o preço do petróleo a baixar continuamente, como diversificar a economia para evitar a dependência das exportações angolanas? Como poderá ser a sustentabilidade do desenvolvimento de Angola em 2015?


MM: Não sei se esta baixa será suficiente para que as autoridades angolanas comecem a passar do discurso para a realidade da diversificação. Não acredito, porque ainda há muitas reservas, a elite no poder político em Angola está preocupada em açambarcar aquilo que é líquido. Promover a agricultura, a indústria, o turismo, tantas e tantas atividades com tantos recursos que Angola tem, isso leva muito tempo.


O Presidente José Eduardo dos Santos não teve papas na língua e correu para estabelecer uma lei só para os outros cumprirem, sobre a integridade extrativa, sobre a tolerância zero: Acabou por ver que esse é um tempo de quem está no poder fazer a acumulação primitiva do capital, tal como os colonialistas fizeram há cinco séculos atrás. Este é que é o problema de África, é também o problema do oportunismo ocidental que não tem também nenhum interesse em corrigir isso, porque sempre através desta corrente estabelece muito do que esses ditadores chamavam neo-colonialismo. Mas a culpa naturalmente não é dos europeus, a culpa é da liderança africana que não está interessada em discutir o relacionamento correto com o Ocidente, que é uma parte do mundo indispensável para nós. A eleite africana, depois da grande elite que libertou o país, não assume uma nova atitude para acrescentar algo de novo à libertação. Este é o problema de Angola que se encontra no extremo dos países africanos que seguem este caminho que é o de enriquecimento desmesurado da classe política.



DW África: 2015 poderá ser o ano em que a sociedade civil, os partidos e o cidadão comum devem começar a pensar na realização das eleições autárquicas previstas para 2017, ou será outra vez uma mera utopia?



MM: É tudo utopia, tudo é programado e realizado pelo Presidente José Eduardo dos Santos. As eleições autárquicas já deveriam ter tido lugar, em 2013 ele próprio tinha anunciado, ou em 2014 o mais tardar. Agora adiou para 2017, mas não criou nenhumas condições para o feito. Mas só ele é que controla todas essas condições. Os meios para qualquer tipo de eleições são uma ilusão, há um controlo absoluto da comunicação social, desde a comunicação pública, televisão, gerida inclusive pelos filhos do Presidente, a televisão privada dos filhos dos amigos do Presiente, a comunicação privada na totalidade comprada pela família presidencial e os amigos do Presidente. Não há condições nenhumas para que haja eleições adequadas, tanto as legislativas como as presidenciais. Até porque o Presidente José Eduardo dos Santos também acabou com o luxo da separação dos poderes. Costumo dizer que se fosse para fazer o bem para Angola, ok, mas é ganhar autoridade para resolver os problemas da família presidencial, crescendo desmesuradamente, etc. É isso que alguns académicos aqui e em Portugal chamam de carnavalização da Constituição, das eleições, ou seja, fazer da Constituição uma carapaça para enganar as pessoas.



DW África: Como político e cidadão angolano, o que o Marcolino Moco gostaria de desejar aos seus concidadãos para este ano que está prestes a começar? A sua agenda política para 2015 já está definida?



MM: É muito difícil definir agendas em Angola, porque todos os espaços estão ocupados por José Eduardo dos Santos. Vamos continuar a resistir perante os fenómenos mais escandalosos e tentar encontrar brechas para sempre, pela via pacífica, levarmos para o exterior a imagem do que se passa en Angola.

Acredito que toda gente já conhece o que se passa em Angola, mas a elite política angolana está de tal maneira arrogante que se dá ao luxo de ameaçar Portugal e a França também. Na verdade será tarefa dos angolanos reverter isso e não acredito que num ano seja possível resolver alguma coisa. Mas conheço muitos angolanos, muitos jovens dentro do MPLA, as pessoas estão escandalizadas, estão cansadas e acham que não era necessário chegar a tanto.


Costumo dizer que ninguém é santo, mas não se pode chegar onde chegámos a ponto de se comprometer o futuro de Angola. Portanto, vamos continuar a pensar na juventude que se vai agigantar, apesar da repressão os partidos políticos com muita dificuldade vão fazer o que podem, vão ser divididos com dinheiro, intrigas, porque há muito dinheiro nas mãos das pessoas do poder, enfim, esse será o nosso combate no próximo ano, um combate pacíifico, num país em que no meio da lusofonia estamos num patamar vergonhoso. Também ao nível da SADC, tirando talvez o problema do Zimbabué, Angola encontra-se num patamar terrível, onde temos um Presidente há 35 anos no poder e não dá sinal nenhum de abandonar esse poder. Não é que tenhamos inveja que ele continue no poder, mas há regras humanas e éticas que devem ser respeitadas. E acarretando isso consequências, porque um indíviduo no poder executivo há tantos anos pensa que o país é dele.


DW África


FESTAS FELIZES


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

SINAL POSITIVO A FAVOR DE CUBA VEM DOS EUA E DO PRESIDENTE OBAMA

SINAL POSITIVO A FAVOR DE CUBA VEM DOS EUA E DO PRESIDENTE OBAMA



O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que pretende discutir o total levantamento do embargo económico a Cuba e o restabelecimento de relações diplomáticas.



Numa intervenção a partir da Casa Branca, em Washington, Obama afirmou igualmente que os Estados Unidos pretendem retirar Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo.
Estas medidas surgem no âmbito de uma aproximação histórica entre os dois países, que não têm relações diplomáticas oficiais desde 1961.



Na mesma intervenção, Obama afirmou que um "novo capítulo" foi aberto nas relações entre Washington e Cuba, declarando que é tempo de acabar com uma "abordagem ultrapassada" que falhou no desenvolvimento das relações.



O líder norte-americano disse que pretende ter um "debate honesto e sério" com o Congresso sobre as perspetivas de um total levantamento do embargo comercial com mais de meio seculo, reconhecendo que com o regime de Havana "o isolamento não funcionou".


Obama também indicou que deu instruções ao secretário de Estado norte-americano, John Kerry, para rever a designação de Cuba como um país apoiante do terrorismo.



"Vamos começar a normalizar as relações entre os nossos dois países. Através destas mudanças, temos a intenção de criar mais oportunidades para os povos americano e cubano e começar um novo capítulo", salientou Barack Obama.



O chefe de Estado norte-americano agradeceu ao papa Francisco por ter assumido um papel fundamental na aproximação dos dois países, que estão separados unicamente pelos 150 quilómetros do Estreito da Florida.



"Não devemos permitir que as sanções americanas aumentem o fardo dos cidadãos cubanos que procuramos ajudar. Para o povo cubano, a América estende a mão da amizade", disse Obama.



"Somos todos americanos", afirmou o Presidente dos Estados Unidos em espanhol.

Lusa, em Notícias ao Minuto



Raul Castro confirma restabelecimento de relações com EUA



O líder cubano Raul Castro anunciou hoje que Cuba concordou restabelecer relações diplomáticas com os Estados Unidos, congeladas desde 1961, indicando, no entanto, que ainda falta resolver a questão do embargo económico imposto por Washington.


"Concordámos restabelecer as relações diplomáticas depois de mais de meio século", disse Raul Castro, numa declaração transmitida a partir de Havana.


O líder acrescentou, no entanto, que a questão do embargo comercial imposto pelos Estados Unidos, que designou como "bloqueio", continua por resolver.


A intervenção de Castro foi feita em simultâneo com uma declaração do Presidente norte-americano, Barack Obama, a partir da Casa Branca, em Washington.


Lusa, em Notícias ao Minuto




domingo, 14 de dezembro de 2014

JORNAL DA SUIÇA LE COURRIER COM NOTICIAS DA PRESENÇA DO MOVIMENTO DE PROTECTORADO NA CONFERENCIA DA ONU REALIZADO EM NOVEMBRO NAQUELE PAIS

JORNAL DA SUIÇA LE COURRIER  COM NOTICIAS DA PRESENÇA DO MOVIMENTO DE PROTECTORADO NA CONFERENCIA DA ONU REALIZADO EM NOVEMBRO NAQUELE PAIS



A presença do Secretario Geral do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, foi motivo de notícia do Jornal “LE COURRIER” do dia 6 de Dezembro de 2014,  com o titulo “ANGOLA IN THE MEDIA – JOURNAL LE COURRIER”, conforme a copia do referido jornal aqui estampado.



As declarações do SG do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe na media escrita e radio tem muito impacto no seio da sociedade Suiça, que não conheciam a realidade de Angola no geral, sendo um dos países compradores dos diamantes vindos de Angola.



Convidamos o leitor a visitar a pagina do “Le Courrier” da Suiça do dia 6 de Dezembro de 2014,para mais detalhes.


SG do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe defronte da sede da ONU em Genebra SUIÇA, durante a conferencia da ONU dos Direitos Humanos realizado naquela cidade de 28 de Novembro a 4 de Dezembro de 2014.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

REGIME DITADORIAL DE JOSÉ EDUARADO DOS SANTOS REALIZA MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO CONTRA O MOVIMENTO DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE EM CAUNGULA

REGIME DITADORIAL DE JOSÉ EDUARADO DOS SANTOS REALIZA MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO CONTRA O MOVIMENTO DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE EM CAUNGULA




Na passada quarta-feira, dia 10 de Dezembro em que o MPLA celebra mais um aniversário da sua fundação, dia que a ONU consagrou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, enquanto a Lunda Tchokwe reivindica o seu direito legitimo, direito politico, civil e humano.


O primeiro Secretário do MPLA e Administrador Municipal de Caungula; João Ualinhenga, organizou uma passeada com mais de 70 motoqueiros de seu Partido MPLA, que teve como ponto de partida a Administração local e terminou defronte da Casa do Secretário Regional do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, tendo este (Administrador Ualinhenga) tecendo graves afirmações contra o Presidente do Movimento; José Mateus Zecamutchima.



Segundo João Ualinhenga, o líder do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, José Mateus Zecamutchima, esta a espera de milhões de dolares, supostamente do Presidente José Eduardo dos Santos, para fugir fora do pais, propaganda barata para confundir a opinião das nossas populações que ja se revem ao movimento.



Na ocasião, o primeiro Secretário do MPLA de Caungula, abordou o Secretário do Movimento, tendo o ameaçado com pagamento de multas e ameaças a cadeia, agitou membros da JMPLA a fazer muita propaganda para desencorajar as populações a aderirem em massa as fileiras do movimento Lunda Tchokwe.




Na sua continua propaganda, João Ualinhenga, pediu as Autoridades do Poder Tradicional Lunda Tchokwe, que são nossos prprios pais, tios e irmãos para não aceitarem o movimento que quer dividir Angola, ameaçando com cortes dos 15000 mil kz de bonús que o governo da de salario mensal.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

GENERAIS LEVAM A JULGAMENTO RAFAEL MARQUES DE MORAIS

GENERAIS LEVAM A JULGAMENTO RAFAEL MARQUES DE MORAIS




O juiz Adriano Cerveira Baptista, do Tribunal Provincial de Luanda, presidirá, a partir de 15 de Dezembro, ao julgamento de Rafael Marques de Morais. O réu é acusado de denúncia caluniosa, por ter exposto abusos contra os direitos humanos na região diamantífera da Lunda-Norte.



Sete generais, liderados pelo ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do presidente da República, general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, para além de representantes da direcção de duas empresas diamantíferas (sócios dos generais), nomeadamente da Sociedade Mineira do Cuango e da ITM-Mining, são os queixosos.


Os restantes seis generais, que desfilarão no Tribunal Provincial de Luanda na qualidade de queixosos, são Carlos Alberto Hendrick Vaal da Silva (inspector-geral do Estado-Maior General das FAA), Armando da Cruz Neto (deputado do MPLA), Adriano Makevela Mackenzie, João Baptista de Matos, Luís Pereira Faceira e António Emílio Faceira.


Trata-se do caso sobre o livro “Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola”, da autoria do réu e publicado em Portugal em Setembro de 2011.


A obra relata, em detalhe, mais de 500 casos de tortura e 100 casos de homicídios perpetrados em 18 meses nos municípios do Cuango e Xá-Muteba.


Segundo depoimentos de vítimas e testemunhas, tais actos foram cometidos por guardas da empresa privada de segurança Teleservice, ao serviço da Sociedade Mineira do Cuango, e por militares das Forças Armadas Angolanas (FAA).


Na sequência da publicação do livro, a 14 de Novembro de 2011, o autor apresentou uma queixa à Procuradoria-Geral da República (PGR), em Angola. Requereu a investigação sobre a participação moral dos generais, enquanto proprietários da Teleservice e sócios da Sociedade Mineira do Cuango (SMC), na manutenção dos abusos.


Como proprietários da Lumanhe, que detém 21 por cento da SMC, os generais passaram a lucrar com a promessa contratual de “assegurar o relacionamento da Sociedade com a comunidade local, contribuindo para a estabilidade social e o desenvolvimento harmonioso do projecto na área do Contrato”. Na realidade, o agravamento da pobreza e da violência tem marcado o referido relacionamento.



Fonte: Maka Angola


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

RATIFICAÇÃO DA ACTA DAS FRONTEIRAS NA LUNDA, AOS 26 DE JUNIO DE 1693 EM LUANDA

RATIFICAÇÃO DA ACTA DAS FRONTEIRAS NA LUNDA, AOS 26 DE JUNIO DE 1693 EM LUANDA




AMNE - «Limites no Congo e no Lunda», maço n.º 25, armário n.º9




Les Gouvernement de Sa Majesté Très-/Fidèle et de L’Êtat Indépendant du Congo, s’étant fait/rendre compte des travaux de délimitation exécutés/sur le terrai par les commissaires qu’íls avaíent/chargé, aux termes de L’article 2 de la Convention/signé à Lisbonne le 25 mai 1891, d’effectuer le/tracé de la frontière tel qu’il resulte de l’article 1/de la susdite convention et  ayant pris connaissance du/pracès-verbal du 26 juin 1893 signé, sous réserve de/ratification, à Loanda par les dits commissaires, ont/décidé d’approuver el de ratifier respectivament ce/procès-verbal du 26 juin 1893 dans les termes suivants.




                 Anno de mil oitocentos/ e noventa e tres aos vinte e seis/dias do mez de Junho, Nós/Jayme Lobo de Brito Godins/Governador Geral Interino/da provincia de Angola, e George Grenfell, Mission/ario da Missão inglesa baptiste (sic)/




                Depois de termos mutuamente/apresentado os nossos diplomas,/que foram achados em boa/e divida (sic) ordem, dando-nos /plenos poderes de Commissarios/regios por parte de Portugal/ e do Estado Independente do/Congo para executarmos de /commum accordo o traçado / da fronteira na região da Lunda,/ em conformidade com / o estipulado nos artigos 1.º e /2.º da Convenção de Lisboa/ de 25 de Maio de 1891, tendo/ além disso o Commissario/ regio por parte de / Portugal o direito de/ de transmitir, no todo ou/ em parte, os poderes/ que foram conferidos, / faculdade que fez uso/ delegando no tenente gra/duado do exercito de Portugal, Simão /Candido Sarmento, os mesmos/ poderes no que respeitasse/ a trabalhos de campo.





          Depois de termos tomado/ conhecimento das actas das cinco sessões aqui juntas,/ que estão asignadas pelos/ referidos: tenente Simão /Candido Sarmento, regio por/tugues para os trabalhos/ de campo e George Grenfell/ Commisario regio do Estado/Independente e bem assim/ pelo capitão da Força publicana do Estado Independente do Congo, Floren/Gorin, Commissario/regio para os trabalhos/technicos; Conviemos/ em adoptar - «ad refe/rendum» - o traçado/ da fronteira consignado/ na presente acta/que não vae assignada pelo/ mencionado capitão Gorin/(Florent), por se achar/ ausente, o que nada diminue o valor do mesmo/ documento, que é a trans-/cripção dos limites que o dito Capitão Florent/Gorin approvou e/ constan das cinco/actas acima mencionados./





A continuação do/thalweg do Cuango/(Kwango desde 8º/ parallelo até á/ confluencia do/Utunguila (Tunguila)/8º 7’ 40’’ latitude Sul/ approximadamente;/ o thalweg do Utunguila/(Tunguila) até á sua/ intersecção com o /canal pelo qual/ correm as aguas do Lola;/ o thalweg do mesmo/ canal até á sua junção com o Comba/(Komba) 8’ a Oeste do Uhamba (Wamba) e 8º 5’ 40’’ /latitude sul approxi/madamente; na falta /d’um limite natural / a fronteira até ao/thalweg do Uhamba /(Wamba) será demar/cada pela linha Este/verdadeira, partindo do/ ponto de juncção citada/(Comba e Lola),/




          Depois do parallelo/ do ponto de juncção do/ Comba (Komba) com/ o Lola, o thalweg de/Uhamba(Wamba) até/ á confluencia de /Novo (Uovo); o thalweg/de Uovo até á sua/ juncção com o Combo/(M’Kombo); o thalweg/ do Combo / (M’Kombo), e /do Camanguna (Ka/manguna) (ou do/rio pelo qual as/aguas go Lué entram/ no Combo) até ao/ (8º grau); a partir /d’este ponto (8º grau)/ o limite será o /8º parallelo ao thalweg do rio/Lucaia (Lukai);/ o thalweg deste/rio (Lucaia) até ao/ 7º 55’ Latitude sul/; o parallelo deste/ponto (7º 55’ Latitude/sul) até ao Cuengo/(Kuengo); o thalweg/ do Cuengo (Kuengo)/ até ao 8~grau; desde/ponto o parallelo/ até ao Luita; o/ thalweg do Luita/ até á sua juncção /com o Cuilo (Kuilo)/ a partir d’este ponto/(7º 34’ Latitude Sul/ approximadamente)/ este parallelo até/ ao thalweg do Cama/bomba (Kama-bomba)/ ou Cungulungu/(Kungulungu); o thalweg/ do Cungulungu (Kung/ulungu) até á juncção /das suas águas com o Loangué,/ e o thalweg do Loangué,/ até ao 7º grau La/titude Sul,/




         A partir da intersecção do thalweg do/ Loangué com o/ 7º grau, a conti/nuação d’este parallelo/ até á sua intersecção/ com o thalweg de Lóvua; o thalweg de Lóvua até/ 6º 55’ Latitude Sul;/ d’este ponto (6º 55’ L.S.)/ o limite será este/ parellelo até á sua/ intersecção com o thalweg do Chicapa/ (Chicapa) /(Chikapa/; o thalweg/ d’este rio (Chicapa)/ até ao 7º 17’ Latitude/Sul; d’este ponto/(7º 17’ lat. Sul/ o parallelo até ao /thalweg do Cassai (Kassai)./



          Feito em duplicado na cidade/de Loanda, aos vinte e seis/dias do mez Junho do anno/ de mil oitocentos e noventa e tres./



          Por Portugal/ (s) Jayme Lobo/ de Brito Godins/
         Pelo Estado Independente do Congo/ (s) George Grenfell/




OBS: esta em conformidade com o original