domingo, 30 de agosto de 2020

PRESIDENTE DO PROTECTORADO POTTUGUÊS, ZECAMUTCHIMA RESPONDE QUESTINAMENTOS E INQUIETAÇÕES DA JUVENTUDE LUNDA TCHOKWE E OUTROS

 


Temos recebido questionamentos e inquietações por parte de muitos jovens Lunda Tchokwe e de outras partes de Angola, inclusive do estrangeiro que interagem connosco nas redes sociais, algumas vezes telefonam, enviam sms’s, emails e no whatsapp, todos eles interessados em saber sobre a eficácia da luta por autodeterminação, entre outras questões.

 

Não tem sido fácil responder as inúmeras questões uma por uma, pois, a única forma que encontrei para responder a todos os jovens sobre as questões que me têm sido colocadas, resumem-se no texto que se segue:

 

 O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe – necessita de uma nova abordagem e mais alargada base de apoio que canalize para a politica do Movimento um novo estrato social, com novas estratégias e Reformas Estruturantes, onde teremos mais de 45% jovens na liderança e mais de 25% de jovens do género feminino emancipadas, porque esta revolução pertence a próxima geração que sois vos os actuais jovens. 

 

O caminho é longo, por isso, “devemos suscitar a coragem onde há medo”, dizia um dos ícones políticos dos nossos tempos, o falecido Presidente Nelson Mandela.

 

Por isso quero me dirigir a toda a Juventude, que chamo de Patriótica Lunda Tchokwe!.. Quero me dirigir a Juventude que são filhos autóctones do povo Lunda Tchokwe, do nosso passado, presente e do nosso futuro!.. Quero falar para os jovens que são nacionais do nosso mosaico etnolinguístico e cultural, desde o Nganguela, Luvale, Mbunda, Luchaze, Lunda Ndembo, Minungo, Xinge, Tchokwe, Kalunda, Bangala, Songo, Fya, Muluba, Kassongo entre os vários extractos do nosso povo.

 

Quero me dirigir aos adolescentes, aos estudantes do ensino primário ou do primeiro ciclo, do ensino secundário e do ensino médio, aos jovens do ensino universitário do Cuando Cubango, do Moxico, da Lunda Sul e da Lunda Norte!...aqueles que me questionam e também para aqueles não me questionam.

 

Quero me dirigir a esta grande população jovem, incompreensível nas fileiras do MPLA e na JMPLA, na UNITA, na CASA-CE, no BD, na FNLS, no PRS ou em qualquer outro Organismo, Instituição ou Associação que não seja aquela ligada ao Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe. Aqueles que estão a margem da nossa luta comum. Aqueles que são hoje espectadores, que não querem aproximar a sua própria causa. Aqueles que pensam que estão excluídos. Esta mensagem é o nosso apelo a toda sociedade Lunda Tchokwe no interior ou na diáspora.

 

Acredito no potencial da Juventude Lunda Tchokwe, falta lhes oportunidade porque sempre fomos visto como um povo “Matumbo” e atrasado, e, porque de certa forma vivemos de mitos, de mentiras, acreditamos no feitiço e nas falsas profecias, este é um desafio que dirijo de um modo especial àqueles jovens pela sua formação ou posição,  têm mais possibilidades de desenvolver uma reflexão mais sistemática e àqueles jovens que desempenham cargos políticos, de direcção e chefia de ajudarem continuamente a esclarecerem os menos esclarecidos a lutar pelas suas oportunidades e não deixarem ser manipulados. A cultura do bem-estar, de mordomias anestesia muitos jovens que vivem escravizados por uma mentalidade, individualista, indiferente e egoísta, ao invés de se libertar da escravidão.

 

Queremos entrar para história do mundo como um dos povos que alcançou a sua liberdade lutando, sacrificando a sua vida a causa nobre da nossa independência, lutando inequivocamente em diferentes cenários; diplomático para aqueles na diáspora, económico para aqueles no interior, política para todos os níveis, mobilizando a população, ensinando os leigos da causa Lunda Tchokwe para aderir as nossas fileiras, sem este esforço não será possível alcançarmos tão cedo a vitoria sobre o regime.

 

Chegou a hora que exige da Juventude e de todos nós a responsabilidade. O tempo que exige dos jovens e de todos nós responsabilidades acrescidas, coesão e união, porque estamos próximos de alcançar os objectivos da nossa luta rumo a nossa Autodeterminação, que tanto sacrifícios estamos a consentir com coragem de vencermos, primeiro o medo que consome a imensa maioria da nossa juventude, sobretudo aqueles que academicamente estão bem, chegou o momento de agirmos coordenadamente com um único pensamento, o de “VENCER” o medo que nos consome diariamente e almejarmos a VITORIA.

 

A Juventude é a força motriz dos povos e das nações. Não seria e nem será diferente para o futuro da Nação Lunda Tchokwe, por isso, nos preocupa profundamente a situação em que se encontra a maioria dos jovens, desde o Cuando Cubango, Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte, desesperados sem emprego, sem esperança do dia de amanhã, humilhados, maltratados pelo regime que nos coloniza há mais de 45 anos, regime que não muda os seus métodos de agir contra a desgraça da nossa Juventude, estejam eles no próprio seio do MPLA, como fora dele.

 

Queremos debates e criticas construtivas da Juventude Lunda Tchokwe, mas acompanhadas de propostas serias, indicando caminhos de soluções. Ou a Juventude pensa que a nossa luta, o nosso sacrifício ao longo dos últimos 14 anos é uma luta inglória?.. Então porque nos questionam?.. Porque não participam directamente da luta e estarem no campo da batalha?.. Porque de tanto medo?..

 

O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, não vai obrigar a Juventude para aderir nas suas fileiras ou coagir-vos de aceitar aquilo que a vossa consciência vos é negado, mas queremos que analise profundamente cada etapa da presença colonial angolana na nossa terra; continuamos com as mesmas estradas deixadas pelo protector em 1975, com as mesmas casas, as mesmas escolas, os mesmos hospitais, as mesmas comunas e municípios, com a degradação demográfica mal acompanhada, sem politicas sociais exequíveis, o que de relevante foi feito em 45 anos para o nosso orgulho colectivo? Absolutamente nada!..

 

A Juventude Lunda Tchokwe no seu todo, não deve aceitar as manobras do regime, não deve mais continuar a serem envenenados via TPA, TV ZIMBO, ZAP TV, PALANCA TV com as novelas Mexicanas, Brasileiras ou Turcas, enquanto a pobreza, a miséria, a falta de emprego e de auto estima continua degradado para a maioria. Não é possível viver de ilusões com imagens de TV.

 

Não podemos alcançar inequivocamente a liberdade sem luta e sem sacrifício, não será possível, temos de lutar juntos e unidos, não interessa a posição ou o lugar de chefia nas Forças Armadas, na Policia, no SIC, em qualquer posição que estivermos, lembre-se, que continuamos ao serviço do regime colonizador. Temos de valorizar mais a nossa identidade, os nossos costumes, a nossa cultura e tradições. O Regime pode nos impor a sua vontade colonial, mas não pode nunca pretender homologar a nossa cultura, porque ela faz parte da nossa tradição e costumes ligados aos nossos antepassados, naturalmente a nossa identidade.

 

A Juventude me questiona porque não partimos para a guerra. Eu sei a ansiedade de todos, temos de ter a razão do nosso lado, a comunidade internacional tem de compreender a causa da nossa luta, o próprio MPLA que diz na voz do senhor João Lourenço de corrigir o que esta mal, que durante anos esteve sempre no BP do seu Partido em funções de alta relevância, não conseguiram antecipadamente corrigir a guerra que os opôs a UNITA, cujo farto foi pesado demais desde 1975 a 2002, rios de biliões de dólares gastos e milhões morreram, para depois se reconciliarem, o que deveria ter sido feito nos anos 75 – 80.

 

Temos defendido o conceito de não – violência militar de guerra, não porque temos medo, mas podemos usar uma estratégia de desobediência civil como forma de lutar contra leis colonizadoras, ofensivas e humilhantes. Temos de rejeitar leis injustas, da usurpação do nosso território sem que seja adoptada a utilização da violência para alcançarmos o objectivo.

 

Esta forma de resistência pacífica não vai anular a luta armada que seria a ultima alternativa, depois de termos esgotado todas as possibilidades de um diálogo aberto transparente e inclusivo.

 

Durante cerca de três dezenas de anos de guerra entre o MPLA e a UNITA, destruíram infraestruturas económicas, destruíram estradas e pontes, morreram inocentes, rios de dinheiros para a compra de armas obsoletas da II guerra mundial para uma guerra civil angolana por falta de capacidade do MPLA em dialogar, tal como esta acontecer connosco. O momento chegara, tarde ou cedo, paciência e serenidade, sobretudo muita vigilância, a tirania esta a tremer porque sabe que vai cair.

 

A guerra por si, não é solução de conflitos, estupidamente podemos fazer a guerra, temos homens e mulheres dispostos a morrer pela causa da nossa independência, mas a historia ensina que mesmo a I e a II Guerra mundial a solução foi encontrada principalmente no diálogo, o mesmo aconteceu entre Portugal e os países sob sua colonização nos anos 75, a Ucrânia esta a priorizar o diálogo com os separatistas do Leste, a comunidade internacional esta a pedir dialogo entre os Políticos da Bielo-Rússia, o mesmo agora com os militares que protagonizaram o Golpe no MALI, o Sara com Marrocos, a Renamo em Moçambique, mesmo a questão de Cabinda, entre os vários conflitos, a solução é o dialogo, ninguém sairá vencedor no conflito militar entre Angola e a Lunda Tchokwe.

 

A nossa preocupação com a juventude na realidade, é ultrapassarmos os medos, irmos mais longe, porque a juventude é a força, a tenacidade, coragem e patriotismo. O medo é sinónimo de escravidão. Só escravos são que se curvam diante de seu dono.

 

Não podemos alcançar a liberdade sem sacrifício e sem união de todas forças vivas da nossa terra, esta tarefa é para vocês os jovens da Lunda Tchokwe, agora é a vossa vez, porque nós já estamos a fazer a nossa parte. Legalizamos a nossa causa junto do poder Judicial dos Estados Unidos de América, um feito importante, estamos em contacto com Secretario Geral das Nações Unidas, com os membros do Conselho da Segurança da ONU, com os governos de Portugal, Reino Unido, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Espanha, China, países Africanos e a União Africana, a Comissão da União Europeia no seu todo, o Vaticano e outras instituições internacionais, não por via de publicações, mas contactos direitos com estas entidades através dos nossos Embaixadores da Missão Externa.

 

Queremos mudanças, queremos que a nossa juventude mude de mentalidade, para juntos combatermos o regime colonial angolano na Lunda Tchokwe. O perigo sobre Autodeterminação da Lunda Tchokwe não vem só dentro do MPLA, te haver com os compromissos de Angola com a China, Rússia e com os interesses económicos do Ocidente e das riquezas cobiçadas da nossa terra. Tem haver com o poder tradicional amordaçada, desapareceu, perdeu a sua dignidade, perdeu a sua originalidade, deixou de ser visionária e passou a pedinte.

 

Muito obrigado a todos e que continuem a escreverem

 

José Mateus Zecamutchima (Presidente do MPPLT)

“LUNDA NORTE ESTA MAIS SUJA QUE OS DIAMANTES” – ZECAMUTCHIMA

GOVERNADORES DAS LUNDAS TÊM MEDO DE FALAR COM ZECAMUTCHIMA

“A SAÍDA PARA RESOLVER OS PROBLEMAS NAS LUNDAS É GOVERNO NEGOCIAR COM O ...

“ASSASSINOS DE CAMPONESES E GARIMPEIROS NAS LUNDAS CONTINUAM EM LIBERDAD...

ZECAMUTCHIMA PERDEU TUDO POR DEFENDER A POPULAÇÃO DAS LUNDAS

terça-feira, 18 de agosto de 2020

ZECAMUTCHIMA DESMASCARA ERNESTO MUANGALA E AFIRMA TROCAR CORRESPONDÊNCIA COM A PRESIDÊNCIA

 

Actualidade Jornal da Hora H TV

O Presidente do Movimento Protectorado Lunda Tchokwe José Mateus Zecamutchima afirmou recentemente em entrevista a Tv HORA-H que tem trocado correspondências com a Presidência da República e desmente a resposta dada ao Jornal o País pelo Governador da Lunda Norte Ernesto Muangala sobre o desconhecimento da existência do Movimento.

 

ANA COSTA

 

José Mateus Zecamutchima que falava sobre o estado socioeconómico das Lundas referiu que tem havido troca de ofícios tanto com a presidência como com as demais instituições existente no país.

 

“Quando o governo troca correspondência com uma organização que ele ignora é porque conhece essa organização, o que falta é coragem por parte politica do MPLA de assumir a questão das Lundas” afirmou Zecamutchima ao Hora H

 

Para o Presidente que diz lutar há mais de 13 anos pela independência das Lundas a declaração feita pelo Governador da Lunda Norte Ernesto Muangala, a um dos órgãos privados do País, sobre o desconhecimento da existência do Movimento protectorado Lunda Tchokwe trata-se de uma “ignorância e estupidez”

 

“São trabalhadores ao serviço do MPLA estão a cumprir apenas a regra do partido. Se todos os jornais da capital escrevem sobre o movimento do protectorado como é que um dirigente do tamanho do governador vai dizer que nunca ouviu falar? Questionou o Presidente acrescentando que “está se enganar a si próprio, e, isso até chama-se estupidez”, concluiu José Mateus Zecamutchima.

 

O Líder defendeu ainda que ninguém é obrigado a aderir a Organização e explica que “quando se fala do Movimento Protectorado quer dizer que todo filho da Lunda está dentro dos tratados assinado, não importando em que espaço ou posição estiver”.

 

O Hora H contactou nesta segunda-feira, 17, por via telefónica o Governador da Lunda Norte Ernesto Muangala e na ocasião a sua secretária orientou a contactar o Gabinete de Comunicação Institucional do Governo Provincial, para deixar o questionário do assunto a tratar.

 

Acompanhe esta semana na TV HORA a grande entrevista com o Presidente do Movimento Protectorado Lunda Tchokwe José Mateus Zecamutchima sobre o estado socioeconómico das Lundas.

 

 

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

DENÚNCIA: GOVERNO ANGOLANO DE JOÃO LOURENÇO DO MPLA COM PLANOS PARA ASSASSINAR O PRESIDENTE DO PROTECTORADO PORTUGUÊS DA LUNDA TCHOKWE


Luanda, 03/08 – Fonte digna de confiança afecta a Presidência da Republica de Angola que pediu anonimato, denuncia plano gizado pela elite de Generais do MPLA, donos de empresas de exploração de diamantes e de Segurança Mineiras na Lunda Tchokwe com o apoio de alguns sectores radicais do SINSE/SINFO, do SISM e de altas patentes da Policia do Governo do Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço do MPLA, que a todo custo pretendem eliminar fisicamente o Presidente do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, Secretários Nacionais ou regionais e outros Activistas usando variados cenários para a concretização do macabro plano.

 

De acordo com a fonte, encima estão planos por envenenamentos, assaltos a mão armada, tentativas de homicídios, raptos, incriminações que acabariam com prisões para depois concretizar os envenenamentos dentro das prisões e ainda tentativa de criar falsos testes de infectados com Coronavirúros quando membros do Protectorado Português da Lunda Tchokwe forem testar da COVID-19, aqui estariam criadas as condições para os visados serem eliminados legalmente de morte por Covid via Hospital.

 

A fonte disse que as “Minas de Diamantes” têm estado a dividir opiniões no seio do regime colonizador do Governo do MPLA na Lunda Tchokwe, o que dificulta a tomada de posições definitivas por parte de quem deve decidir sobre a questão.

 

Outras denúncias vêm do Moxico, de Saurimo e do Cuango com o mesmo teor, por parte de agentes do SINSE/SINFO e de outras fontes que pediram também o anonimato. Mais o plano esta em andamento e temos em nossa posse documentos com os agentes envolvidos nesta macabra acção e dos seus mandantes.

 

Em ambos os casos, o objectivo é o de desmantelar a coesão do Movimento do Protectorado Português, dispersando seus membros e apoiantes e com isso o fim da reivindicação do direito legitimo Autonomista da Lunda Tchokwe, bem como o fim do Movimento.

 

Outra importante denuncia é da Assembleia Nacional em que a Comissão encarregada para dar seu parecer ao processo Reivindicativo Lunda Tchokwe, terá emitido sua opinião favorável ao diálogo faz tempo, mas que o documento encontra-se encalhado no Gabinete do Presidente Fernando da Piedade Dias dos Santos.

 

A fonte que temos vindo a citar, confirma que muitos cidadãos nacionais Lunda Tchokwe próximos a Presidência da Republica de Angola, do BP do MPLA, alguns governadores naquele território, alguns Ministros, algumas Altas patentes nas FAA ou na Policia têm sido os impeditivos de que o Governo não dialogue com o Movimento do Protectorado Português a quem acusam de estar a cometer vandalismo e confusão.

 

No passado haviam nos acusados de possuir um Exercito com Regiões Militares espalhados em toda a Lunda Tchokwe.

 

Estas falsas acusações nunca foram provados contra o Movimento do Protectorado Português, não passa de manobra dilatória para retardar o diálogo e a instauração da Autonomia da Lunda Tchokwe como a Escócia.

 

Os planos de perseguição cujo objectivo é o aniquilamento da Liderança do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe por parte do SINSE/SINFO, SISM e da Casa de Segurança do Presidente da Republica não é novo, remonta ao tempo do ex-Presidente José Eduardo dos Santos com a mesma elite de Generais do regime do MPLA.


Apelamos as forças políticas internas, a Comunidade Nacional e Internacional, as Organizações Internacionais de defesa dos Direitos Humanos, as Nações Unidas, a União Africana, União Europeia e o Conselho da Segurança pelo perigo que advém do comportamento do Governo Angolano que ao invés de dialogar  optou pela acções leoninas condenáveis pela Comunidade Internacional de que é parte integrante Angola.