LUANDA, 03/10 – O Movimento do Protectorado Lunda
Tchokwe, endereçou desde o mês de Abril cerca de 300 Cartas a varias personalidades do mosaico intelectual, lideres
Religiosos, Advogados, Jornalistas, Lideres da Sociedade civil e alguns
Políticos não filiados em Partidos Angolanos.
Convidamos
estas personalidades angolanas a titulo individual para que debatessem com o
Movimento do Protectorado vis-a-vis, a questão reivindicada do direito legítimo
sobre a autodeterminação da Lunda Tchokwe por via de autonomia do tipo Escócia.
Mais
de 35% dos que enviamos as cartas não responderam até ao momento passado que
foram mais de 5 meses. Mas acreditamos que talvez têm problemas, porque muitos
deles são pró MPLA e estejam comprometidos com o regime. Não era uma obrigação.
Os
65% que nos responderam, na sua maioria o fizeram, enviando-nos cartas com
pedidos de não divulgar os seus nomes nem o conteúdo das cartas com os seu
ponto de vista ao invés de encontros e debates abertos em locais ainda que
fossem fechados sem a presença de jornalistas.
Congratulamo-nos
com estas personalidades que tiveram a coragem de nos responderem e que todos
eles foram unânimes de reconhecer que o Governo do MPLA deveria agir dialogando
cedendo o direito dos Lundas.
Todos
eles reconheceram o estado deplorável em que hoje se encontra o povo Lunda
Tchokwe e a incapacidade demonstrada pelo MPLA ao longo dos 44 anos de
independência naquela região em todos os sectores da vida económica e social
como é o caso da saúde, educação, habitação, estradas, etc., etc.
Para
alguns, o Presidente João Manuel
Gonçalves Lourenço, deveria seguir o exemplo da China para com Hong Gong e promover o diálogo com a
Lunda reconhecendo Autonomia que lhe estão a propor, citaram exemplos da
Madeira e dos Açores.
Muitos
encorajamentos de continuarmos a luta por via pacifica como o temos feito até
agora.
Mas será que o MPLA entende
a linguagem Pacifica invés de linguagem da guerra?
Com
mais de 65% das cartas que recebemos, finalmente a casta de intelectuais
Angolanos conhecem perfeitamente a história da Lunda, porque muitos disseram
mesmo que estávamos sob jugo colonial de Angola.
Outros
disseram nas suas cartas que as novas caras no MPLA e no seu Governo, querem
enriquecerem-se com os diamantes da Lunda Tchokwe ainda, por isso vão
aconselhando prudência ao Presidente João Lourenço, em não tomar qualquer
posição sobre o assunto.
Uns
aconselharam recorrer a Instituições Internacionais das Nações Unidas e da
União Africana e ao extinto Comité de Descolonização da ONU, por ironia ou por
humorismo, mas aceitamos todos os conselhos que nos enviaram e foram
bem-vindos.
Que
o MPLA continue calado porque consente!..