LUKAPA, 20/ 05 - A Human Rights
Watch (HRW) e Amnistia International, são duas organizações da defesa dos
Direitos Humanos, mais respeitados do Mundo a par do Alto Comissariado da ONU
dos Direitos Humanos com sede em Genebra que em muitas ocasiões advertem com os
seus veemente apelos às autoridades angolanas no que respeita as violações aos
Direitos Humanos e os abusos de poder sobre Activistas Angolanos, mas na
verdade esquecem de falar das atrocidades nas Lundas, dos activistas Políticos
do Protectorado detidos numa manifestação publica e pacifica no dia 17 de
Novembro de 2018, hoje completaram exactamente 6 meses ilegalmente, com falsas
acusações de terem criado caos nas ruas de Saurimo, o que a media Estatal, RNA
e a TPA hábil nestas coisas, nunca mostraram imagens televisivas do tal
referido vandalismo, dos assassinatos
ocorridos na localidade de Calonda e dos abusos e atropelamentos da Policia
Angolana no município de Lukapa, na Lunda – Norte.
Os 11 Activistas
Políticos do Protectorado Lunda Tchokwe presos na Lunda – Sul, incluindo o
casal Domingos Jamba e a sua esposa Domingas Fuliela, pais de 5 filhos menores
de 15 anos, em que o menor de 5 anos desapareceu até a data presente, deveria
ser motivo suficiente para que a Human Rights Watch e Amnistia International, apelassem
o governo angolano e investigassem as razões de porque estas pessoas continuam
presas até hoje, passados mais de 181 dias.
A repressão dos
Activistas na Lunda Tchokwe, por parte das autoridades Policiais do Governo
Angolano, confunde-se com a Operação Transparência e o Resgate, todas as
semanas são deportados cidadãos desta região para a RDC, só porque o cidadão
não fala bem o português é logo levado para um país desconhecido e, em muitos
casos durante a viagem são simplesmente assassinatos e lançados aos rios.
A HRW e Amnistia
International, no passado já denunciaram no seus respectivos sites as
repressões e prisões ilegais aos Activistas Políticos do Movimento do
Protectorado Lunda Tchokwe, porque hoje esqueceram estes cidadãos que a luz do
artigo 47º da constituição de Angola de 2010, reclamavam por direito natural a
Autonomia, nos termos da lei das manifestações, com cartas entregues ao
Gabinete da Casa Civil do Presidente da Republica e do PGR com as copias aos
Governos da Lunda-Sul que assinou com antecedência de 60 dias as referidas
comunicações, também em posse dos Advogados de Defesa da Associação Mãos
Livres.
A Lunda Tchokwe é a
segunda economia, mais forte, onde o Governo de Angola retira mais de 90% de
todos os diamantes que comercializa no mercado internacional, com grande
impacto o Kimberlites de Catoca e Luaxe, sem esquecer o famoso vale do Cuango,
Calonda, Cassanguidi, entre as varias localidade de extracção daquele minério
mais valiosas, na realidade a situação é caótica do ponto de vista económico
social e do desenvolvimento.
A situação da Lunda
Tchokwe é complexa, a comunidade internacional tem a responsabilidade de apelar
o governo do Presidente João Manuel
Gonçalves Lourenço, para optar no dialogo, a mão de ferro sobre os
territórios reclamados não vai resolver absolutamente nada, ao contrario vai
agudizar a situação e provocar violência com prejuízos incalculáveis.
O próprio Estatuto
do MPLA, de que João Manuel Gonçalves Lourenço é o Presidente, adverte que, os
angolanos optaram pela via armada porque os portugueses não queriam dialogar,
não será tão difícil assim, o presidente reflectir o passado recente do seu
Partido e o comportamento de Portugal entre 1950 à 1975.
A FRELIMO congénere do MPLA tinha
chegado à conclusão de que não seria possível conseguir a independência de
Moçambique sem uma guerra de libertação contra Portugal, foi isso que aconteceu
entre 1966 à 1975, que o Presidente angolano como historiador deveria reflectir
nestes acontecimentos das raízes históricas de Africa dos nossos tempos.
Também não será tão
difícil o Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, reflectir sobre a guerra
civil angolana, de que ele próprio em ocasiões assumiu o Ministério da Defesa,
entre 1975 à 2002, que por falta de dialogo, por causa da mão de ferro,
destruiu infraestruturas, milhões de mortes para uma guerra inglória, biliões
de dólares foram gastos, estradas e pontes destruídas, por causa desta mão de
ferro, Angola caiu na corrupção, no nepotismo, na impunidade e na bajulação,
elementos que não devem ser dissociados da questão de dialogar com a Lunda de
hoje… Que o próprio presidente anunciou no Congresso de setembro de 2018 em
Luanda quando era eleito a ocupar o cargo máximo do MPLA.
A nova geração de
jovens Lunda Tchokwe estão a escrever as páginas de ouro da nossa história, tal
como o fizeram nacionalistas angolanos do processo 50, Fidel Castro em Cuba,
Mahatma Ghandhi na Índia, Xanana Gusmão do Timor-leste, Louis Rwagasore que
levou a independência do Burundi sem violência, Hendrik Witbooi da Namíbia
contra a forte Alemanha colonial, Kwame Krumah, o Rei Haile Selassie da
Etiópia, o lendário Sundiata Keita, a Rainha do Sabá Makeda ao ter abordado o
Rei David, Patrice Lumumba no Congo Zaire, Nelson Mandela na Africa do Sul entre
os vários Políticos, Escritores e homens de negócios do passado da nossa
Africa, presos muitos deles pela tirania dos colonizadores dos seus países,
nunca renunciaram aos seus sonhos de ver livres os seus povos, não será tão
difícil assim o presidente João Manuel Gonçalves Lourenço reflectir sobre este
passado de Africa.
Os valorosos 11
Activistas presos arbitrariamente pela repressão e brutalidade policial do
Governo Angolano, as torturas psicológicas há mais de 185 dias na cadeia de
Luzia em Saurimo, o silencio da PGR, o próprio aprisionamento da Domingas Fuliela com o seu esposo
Domingos Jamba, o abandono inesperado dos seus 5 rebentos que perderam o ano
escolar 2019, coloca esta mulher Lunda Tchokwe, a Heroína da emancipação da
liberdade ao lado da Josina Machel de Moçambique, Siti Binti Saad da Africa
Oriental, da Bayajida de Hauça da Nigéria e da Charlotte Maxeke mãe da
Liberdade negra na Africa do Sul.
Esta grande heroína
Domingas Fuliela, precisa com urgência do apoio da HRW, da Amnistia
Interenational, da Friends Of Angola, do Alto Comissariado da ONU dos Direitos
Humanos e da Media de Portugal, França, Alemanha, USA, Bélgica, Reino Unido, de
Angola e do Mundo inteiro para apela as autoridades angolanas a sua libertação.
Há violação aos
direitos humanos na Lunda Tchokwe. Há Activistas Políticos presos há mais de 6 meses.
O nosso vigoroso apelo a libertação urgente destes cidadãos, que a manifestação
esta consagrada na constituição, a reivindicação do Direito Natural sobre os
Protectorados não constitui crime…é um direito merecido e divino.
Na semana que
terminou, o contingente militar e repressivo da Policia Nacional, foi aumentado
a nível de Calonda, Cassanguidi, Cafunfo e Cuango e ao mesmo tempo, o regime
esta a recrutar espiões filhos naturais para tentar contrariar a reivindicação
por via de criação de falsas Associações para servir os desígnios ocupacionista
com pessoas fieis a repressão.
A HRW, Amnistia
International, Friends of Angola a investigar com profundidade as atrocidades praticadas
pelas autoridades contra as populações e forçar o governo de Angola a mudar com
urgência os seus métodos e posições de actuação facistas em relação a Nação
Lunda Tchokwe.
Nada mudou na Lunda
Tchokwe, o povo comenta, o comportamento do regime angolano é pior do que do
colono Europeu, a descolonização significava a criação de um modelo novo de
cultura do respeito pela dignidade humana, nunca se viu mortes indiscriminados
desta forma aos de hoje praticados pelo governo angolano, o colono angolano é
pior do que o Europeu, estão a delapidar as nossas riquezas sem deixar nada
para as próximas gerações nem para as presente.
Do palácio Presidencial
da cidade Alta em Luanda, não há sinal de que o Presidente João Manuel
Gonçalves Lourenço, esteja com a vontade politica de Dialogar abertamente com transparência,
o processo da “Questão Lunda Tchokwe
1885-1975/2019”, ao contrario temos recebido recados de que o senhor
Presidente esta agastado com os Lundas, aos quais chamam de estarem a dividir o
pais e que o lugar destes é na cadeia, estas mesmas informações temos recebido
nos Comandos Policiais e nas Unidades Penitenciários, de que a questão é da
responsabilidade exclusiva do Presidente ou seja a libertação dos Activistas na
Lunda depende da vontade pessoal do Presidente.
O diálogo sobre
Autonomia Lunda Tchokwe é também da vontade Politica do Presidente, que não
esta a dar sinal nenhum, as promessas eleitorais de dialogar com a sociedade
civil não passou de um imbuíste político para distrair os menos atentos e mera demagogia
em busca do populismo, porque dos ovos da cobra não nascem galinhas ou lagartixas.