Saurimo, 13/08 – O Tribunal Angolano na Lunda –
Sul, continua a exigir dos Activistas do Protectorado Lunda Tchokwe, detidos na
manifestação do dia 17 de Novembro de 2018, de forma ilegal, mais de um milhão
e oitocentos e sessenta mil Kwanzas (1.860.000,00
Kz), o equivalente há 5.000,00
Dólares americanos, ou seja cerca de 500,00
US Dólares a cada Activistas.
Estes
Activistas Políticos do Protectorado, não eram funcionários, nem se quer tinham
comercio ou actividade alguma onde poderiam ganhar dinheiro, aonde é que vão encontrar
tal valor que o Tribunal do MPLA quer?... Seguramente vão continuar mil anos na
prisão até um dia quando o regime assim o entender.
Aos
poucos, o regime colonizador do MPLA na Lunda Tchokwe começa a mostrar a sua
fúria e cólera raivosa quando usurpa aquilo que não lhe pertenceu nunca, começa
a ecoar da voz da razão o despertar do nosso povo, e a alavancar os cilindros
da razão da nossa força contra a força que nos opomos politicamente, essa força
militar, poderosa economicamente contra nós com os parcos meios ao nosso
alcance. Esta força todo o terreno incapaz de interpretar os sinais do novo
mundo e da energia cósmica que sobra sobre Africa.
Caros compatriotas
Lunda Tchokwe,
Como caracterizar a
submissão e cultura de medo?..
Submissão
é o acto ou acção de se submeter a algo ou alguma coisa; deixar-se
dominar passivamente; uma forma de subordinação, vassalagem ou servidão.
A submissão é baseada na condição de obedecer ordens de um superior, sem o
direito de tomar decisões livres ou de se expressar da forma que bem entender.
Um indivíduo que vive em estado de submissão é chamado de submisso
e é caracterizado pelo excesso de humildade e servilismo. Normalmente, a
submissão é marcada pela espontaneidade do submisso perante algo ou alguém, ou
seja, uma obediência voluntária.
A
submissão pode ser uma acção pejorativa, quando o indivíduo submisso é vítima
de humilhação devido a sua condição de extrema humildade ou servidão; a
submissão pode ser classificada como uma das características da escravidão.
Na
doutrina religiosa, de acordo com a bíblia sagrada cristã, o conceito de
submissão faz referência ao temor e obediência que o crente deve ter perante
Deus.
Em
algumas doutrinas religiosas e culturais ainda existe a ideia de "submissão
feminina", onde a mulher deve ser submissa às vontades e ordens do homem (seu marido, pai ou irmão mais velho, por
exemplo) para garantir a "felicidade" e "estabilidade"
de uma família.
A
submissão e dominação também são acções que estão intimamente relacionadas com
o “sadomasoquismo”, quando um
indivíduo se submete a outro de livre e espontânea vontade para obedecer regras
e ordens de conotação sexual. Na maioria dos casos, o uso de um discurso severo
e ditatorial é utilizado de forma teatral pelo dominante sob o submisso, a fim
de estimular a excitação sexual entre os praticantes do sadomasoquismo.
A
obediência é um substantivo que define acção de quem obedece, de quem é dócil
ou submisso. Uma pessoa que segue, cumpre ou cede às vontades e ordens de
alguém acima dele, acto passivo de submissão cega pelo medo (fútil), culto de
veneração de conferir honras e dedicação servil, temor ou receio das possíveis
consequências ao desobedecer o dominador.
Pessoa
submissa caracteriza-se por ser chulo, medíocre, imbecil por revelar tolice ou
fraqueza de espírito, tonto, débil e ignorante, incapaz de defender seus
direitos, a mediocridade pela ausência de mérito, pobre do ponto de vista
intelectual, covardes que não tem coragem e medrosos com atrasos mentais.
Caros compatriotas e
a comunidade internacional!..
Os
nossos antepassados deixaram-nos um legado memorável, ao convidarem Portugal e
terem celebrado 8 tratados Protectorado, ou seja, Portugal aceitou ser nosso
protector desde 1885 – 1894 / 1975,
é este estatuto que nos serviu de partida, para o trilho da marcha que
prosseguimos, a luz que ilumina o nosso caminhar, a energia que nos orienta
continuar com a luta, sem o qual o nosso caso, estaria perdido e relegado na
historia.
A
luta de autodeterminação do Reino Lunda
Tchokwe – Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte, não são
monopólios de alguém, não é uma propriedade privada de alguém, nem deve ser uma
base de desavenças entre os filhos Lundas. Cada um faça a sua parte, porque é um
projecto dos nossos antepassados, que nós devemos continuar sem submissão aos
poderes instalados em Luanda.
A
ONU, a União Africana, a União Europeia, Portugal, Bélgica, França, Alemanha, Reino
Unido e o Vaticano, conhecem a nossa realidade, porque foram eles os autores
morais que reconheceram o Protectorado Português da Lunda desde 1894, esta
realidade políticas, histórica, jurídica e cultural, é conhecida pelos missionários,
pela Igreja Angolana, pelos Generais, Comissários e Comandantes da Policia, Governadores,
Ministros, Juristas, filhos do Reino Lunda Tchokwe em missão de serviço nas hostes
do nosso colonizador e pelo nosso povo, porque temos de permitir a cobardia e submissão
ao nosso colono.
Caros
compatriotas, nos preocupa o silencio dos Intelectuais e Académicos, dos
Senhores Deputados do Reino Lunda Tchokwe, no Parlamento, Ministros e
Secretários de Estado no Governo, Membros no Comité Central e Bureau Político do MPLA e outros
Partidos Políticos, Juízes e Procuradores, Diplomatas e Antigos Combatentes e
Veteranos da Guerra, membros da Sociedade Civil e organizações religiosas, por
causa da vossa indiferença, da vossa omissão, por falta da vossa opinião, o que
tem permitido o MPLA enganar as nossas autoridades do Poder tradicional no seu
jogo sujo de lhes oferecer Viaturas e dinheiros para testemunhar contra os
ideias nobres da nossa causa comum, e que os vossos corações estão conscientes,
porque no fundo todos nós queremos a nossa liberdade, se não fosse a nossa
cobardia.
Caros
compatriotas, os Activistas Políticos detidos desde o dia 17 de Novembro de
2018, estavam a lutar para uma causa comum, será que o povo Lunda Tchokwe não é
solidário com os seus próprios irmãos de sangue e linhagem?...
Lamentamos,
que muitos dos nossos compatriotas quando nos aproximam ficam com medo, logo
dizem: “não me podem ver com vocês, senão vou perder emprego ou vão me notar
com o Movimento do Protectorado”, que tolice?..
Caros
compatriotas, chegou o momento de nos definirmos, como continuadores de Dumba
Watembo e de todos aqueles “Miananganas
que celebraram os Tratados com Portugal”, eram analfabetos, mas homens
valentes, corajosos, nosso orgulho de continuarmos a nobre missão, e, desde
aqui apelar a consciência de cada um de nós, num encontro onde de viva voz
esclarecermos e clarificarmos definitivamente, sobre o nosso futuro. Porque o
Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe não para…