quarta-feira, 14 de agosto de 2019

GOVERNO DA REPUBLICA DE ANGOLA EXIGE UM MILHÃO E OITOCENTOS E SESSENTA MIL KWANZAS PARA DAR SOLTURA ACTIVISTAS DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE EM SAURIMO






Saurimo, 13/08 – O Tribunal Angolano na Lunda – Sul, continua a exigir dos Activistas do Protectorado Lunda Tchokwe, detidos na manifestação do dia 17 de Novembro de 2018, de forma ilegal, mais de um milhão e oitocentos e sessenta mil Kwanzas (1.860.000,00 Kz), o equivalente há 5.000,00 Dólares americanos, ou seja cerca de 500,00 US Dólares a cada Activistas.


Estes Activistas Políticos do Protectorado, não eram funcionários, nem se quer tinham comercio ou actividade alguma onde poderiam ganhar dinheiro, aonde é que vão encontrar tal valor que o Tribunal do MPLA quer?... Seguramente vão continuar mil anos na prisão até um dia quando o regime assim o entender.


Aos poucos, o regime colonizador do MPLA na Lunda Tchokwe começa a mostrar a sua fúria e cólera raivosa quando usurpa aquilo que não lhe pertenceu nunca, começa a ecoar da voz da razão o despertar do nosso povo, e a alavancar os cilindros da razão da nossa força contra a força que nos opomos politicamente, essa força militar, poderosa economicamente contra nós com os parcos meios ao nosso alcance. Esta força todo o terreno incapaz de interpretar os sinais do novo mundo e da energia cósmica que sobra sobre Africa.


Caros compatriotas Lunda Tchokwe,
Como caracterizar a submissão e cultura de medo?..

Submissão é o acto ou acção de se submeter a algo ou alguma coisa; deixar-se  dominar passivamente; uma forma de subordinação, vassalagem ou servidão. A submissão é baseada na condição de obedecer ordens de um superior, sem o direito de tomar decisões livres ou de se expressar da forma que bem entender. Um indivíduo que vive em estado de submissão é chamado de  submisso  e é caracterizado pelo excesso de humildade e servilismo. Normalmente, a submissão é marcada pela espontaneidade do submisso perante algo ou alguém, ou seja, uma obediência voluntária.


A submissão pode ser uma acção pejorativa, quando o indivíduo submisso é vítima de humilhação devido a sua condição de extrema humildade ou servidão; a submissão pode ser classificada como uma das características da escravidão.


Na doutrina religiosa, de acordo com a bíblia sagrada cristã, o conceito de submissão faz referência ao temor e obediência que o crente deve ter perante Deus.


Em algumas doutrinas religiosas e culturais ainda existe a ideia de "submissão feminina", onde a mulher deve ser submissa às vontades e ordens do homem (seu marido, pai ou irmão mais velho, por exemplo) para garantir a "felicidade" e "estabilidade" de uma família.


A submissão e dominação também são acções que estão intimamente relacionadas com o  “sadomasoquismo”, quando um indivíduo se submete a outro de livre e espontânea vontade para obedecer regras e ordens de conotação sexual. Na maioria dos casos, o uso de um discurso severo e ditatorial é utilizado de forma teatral pelo dominante sob o submisso, a fim de estimular a excitação sexual entre os praticantes do sadomasoquismo.


A obediência é um substantivo que define acção de quem obedece, de quem é dócil ou submisso. Uma pessoa que segue, cumpre ou cede às vontades e  ordens  de alguém acima dele, acto passivo de submissão cega pelo medo (fútil), culto de veneração de conferir honras e dedicação servil, temor ou receio das possíveis consequências ao desobedecer o dominador.


Pessoa submissa caracteriza-se por ser chulo, medíocre, imbecil por revelar tolice ou fraqueza de espírito, tonto, débil e ignorante, incapaz de defender seus direitos, a mediocridade pela ausência de mérito, pobre do ponto de vista intelectual, covardes que não tem coragem e medrosos com atrasos mentais.

Caros compatriotas e a comunidade internacional!..

Os nossos antepassados deixaram-nos um legado memorável, ao convidarem Portugal e terem celebrado 8 tratados Protectorado, ou seja, Portugal aceitou ser nosso protector desde 1885 – 1894 / 1975, é este estatuto que nos serviu de partida, para o trilho da marcha que prosseguimos, a luz que ilumina o nosso caminhar, a energia que nos orienta continuar com a luta, sem o qual o nosso caso, estaria perdido e relegado na historia.


A luta de autodeterminação do Reino Lunda Tchokwe – Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte, não são monopólios de alguém, não é uma propriedade privada de alguém, nem deve ser uma base de desavenças entre os filhos Lundas. Cada um faça a sua parte, porque é um projecto dos nossos antepassados, que nós devemos continuar sem submissão aos poderes instalados em Luanda.


A ONU, a União Africana, a União Europeia, Portugal, Bélgica, França, Alemanha, Reino Unido e o Vaticano, conhecem a nossa realidade, porque foram eles os autores morais que reconheceram o Protectorado Português da Lunda desde 1894, esta realidade políticas, histórica, jurídica e cultural, é conhecida pelos missionários, pela Igreja Angolana, pelos Generais, Comissários e Comandantes da Policia, Governadores, Ministros, Juristas, filhos do Reino Lunda Tchokwe em missão de serviço nas hostes do nosso colonizador e pelo nosso povo, porque temos de permitir a cobardia e submissão ao nosso colono.


Caros compatriotas, nos preocupa o silencio dos Intelectuais e Académicos, dos Senhores Deputados do Reino Lunda Tchokwe, no Parlamento, Ministros e Secretários de Estado no Governo, Membros no Comité Central e Bureau Político do MPLA e outros Partidos Políticos, Juízes e Procuradores, Diplomatas e Antigos Combatentes e Veteranos da Guerra, membros da Sociedade Civil e organizações religiosas, por causa da vossa indiferença, da vossa omissão, por falta da vossa opinião, o que tem permitido o MPLA enganar as nossas autoridades do Poder tradicional no seu jogo sujo de lhes oferecer Viaturas e dinheiros para testemunhar contra os ideias nobres da nossa causa comum, e que os vossos corações estão conscientes, porque no fundo todos nós queremos a nossa liberdade, se não fosse a nossa cobardia.


Caros compatriotas, os Activistas Políticos detidos desde o dia 17 de Novembro de 2018, estavam a lutar para uma causa comum, será que o povo Lunda Tchokwe não é solidário com os seus próprios irmãos de sangue e linhagem?...


Lamentamos, que muitos dos nossos compatriotas quando nos aproximam ficam com medo, logo dizem: “não me podem ver com vocês, senão vou perder emprego ou vão me notar com o Movimento do Protectorado”, que tolice?..


Caros compatriotas, chegou o momento de nos definirmos, como continuadores de Dumba Watembo e de todos aqueles “Miananganas que celebraram os Tratados com Portugal”, eram analfabetos, mas homens valentes, corajosos, nosso orgulho de continuarmos a nobre missão, e, desde aqui apelar a consciência de cada um de nós, num encontro onde de viva voz esclarecermos e clarificarmos definitivamente, sobre o nosso futuro. Porque o Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe não para…