quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

GRANDE NOTÍCIAS E REPUBLICANO PRESS PUBLICAM CARTA DO PROTECTORADO AO EXECUTIVO ANGOLANO, “PR JES/MPLA” MARIMBA-SE PARA A QUESTÃO LUNDA TCHOKWE

GRANDE NOTÍCIAS E REPUBLICANO PRESS PUBLICAM CARTA DO PROTECTORADO AO EXECUTIVO ANGOLANO, “PR JES/MPLA” MARIMBA-SE PARA A QUESTÃO LUNDA TCHOKWE



A edição n.º 90 de 3 de Fevereiro de 2017 do Jornal Grande Notícias e a edição Nacional do Jornal Republicano Press do Partido Angolano PREA de 21 de Janeiro, nas ruas da capital angolana, publicaram em simultaneo a carta do Movimento do Protectorado ao executivo angolano, carta que o Presidente José Edaurdo dos Santos e o MPLA continuam a ignorar, tal como as anteriores, incluindo a Carta da EFA – European Free Alliance em 2015 e a dos Advogados do movimento.


Do Protectorado Lunda Tchokwe, nomeadamente, o seu Presidente, José Mateus Zecamutchima, enviou uma missiva ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, cujo teor de alguns extractos aqui se segue:


Os factos jurídicos e históricos da colonização de África e a sua partilha que desembocou da conferência de Berlim 1884 – 1885, lê-se no documento, dividiu povos inteiros, nações, famílias, etnias, juntou diferentes povos e reinos sem o consentimento destes, delimitou fronteiras convencionais contra as naturais entre estados usurpadores ou potenciasEuropeias do século XIX, esta historia esta presente nos arquivos do mundo inteiro, constituindo assim provas documentais e testemunhais que não podem serem ignoradas, nem escamoteadas.


E, tem sido esta razão dos conflitos violentos em África, que actualmente o Ocidente considera como, “Conflitos étnicos” muitas vezes, legitimando o novo colonialismo “PRETO” em África.


O conjunto dos factos historicos da LUNDA TCHOKWE e sua organização coerente, estão sob vossa mesa de trabalho desde 2007. “Mais uma vez na minha qualidade de Presidente do Movimento do Protectorado, tomo a liberdade de endereçar a Vossa Excelência estas linhas em busca do diálogo sobre a “Questão Lunda Tchokwe”, reivindicada pelo nosso povo como um direito natural e legítimo”.


Continuando, a missiva afirma que há clara noção das multiplas responsabilidades que pesam sobre os ombros de José Eduardo dos Santos, no âmbito da governação de Angola e dos seus múltiplos problemas, incluindo os da Nação Lunda Tchokwe.


O documento afirma, “também, temos plena consciência, de que, como humano que vosso Excelência é, provavelmente pode não ter o total conhecimento do que vai ocorrendo no espaço geografico dos limites territóriais e no seio das varias populações e regiões. Até é provável que os relatórios de que vossa excelência se serve para ter uma imagem do processo reivindicativo LUNDA TCHOKWE, seus dados não correspondam a realidade”.


Por outro lado, o direito inalienável do povo Lunda Tchokwe é a sua autodeterminação, ou seja independência, por ser nosso direito legítimo e natural, porém, optamos pela “AUTONOMIA”, como a Escócia do Reino Unido ou a Catalunia na Espanha.


Aqui não se fala em separação com Angola, esta é a nossa luta, que não é contra outras Nações: Congo, Kwanhama, Bailundo ou Benguela, Ndongo e Matamba que conformam o estado heterogéneo conhecido pelo nome de Angola.


Finalmente, aponta a missiva, o povo Lunda Tchokwe aguarda com ansiedade a justiça “Divina”. O Presidente do Protectorado Zecamutchima na missiva a José Eduardo dos Santos, “Informo Vossa Excelência, que tenciono voltar a escrever até que a nossa causa seja resolvida com base nos principios por vossa excelência defendidos em 2013, ser “vossa convicçã, que no contexto do mundo actual, em que os Estados democráticos e de direito se afirmam cada vez mais e se envidam cada vez mais esforços no sentido do respeito dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, a regra da resolução de conflitos deve ser o diálogo e o debate franco e aberto, como forma de alcançar o consenso” , discurso de JES na abertura do fórum Pan-Africana, “Fundamentos e recursos para uma cultura de Paz”, que decorreu naquele ano de 27 a 28 de Março, em Luanda, numa organização conjunta da UNESCO, União Africana e o Governo Angolano.


Para José Edaurdo dos Santos, as questões de natureza interna, e mesmo as que possam ocorrer a nível internacional, não devem ser dirimidas por via de confrontação violenta, mas sim atráves da concertação e negociação permanente, até se chegar a um acordo que dê resposta as aspirações das partes envolvidas, mas que ao mesmo tempo se conforme com os superiores interesses nacionais, tal como a soberania, a unidade e a integridade da nação e o respeito pela dignidade humana.


A terminar a missiva apresenta ao Presidente da República, votos de iluminação divina, alta estima e consideração do povo Lunda Tchokwe que pede a DEUS que lhe seja prolongada a vida milhões de anos.




Fontes:Grandes Notícias e Republicano Press.