domingo, 30 de junho de 2013

REUNIÃO DO GOVERNO DA LUNDA-NORTE COM PROFESSORES GREVISTAS FRACASSOU

REUNIÃO DO GOVERNO DA LUNDA-NORTE COM PROFESSORES GREVISTAS FRACASSOU






Continua braço de ferro entre professores grevistas e o Governo Provincial da Lunda-Norte, a reunião que o Sr Governador Ernesto Muangala convocou de urgência na noite de sexta-feira 28 do corrente, que teve lugar no Dundo, sábado 29, e que foi presidida pela senhora Vice-Governadora Angelica Nene Kurita, não teve os resultados esperados ou seja fracassou.



Na  reunião a senhora Vice-Governadora Angelica Nene Kurita, disse que os Professores deveriam retomar as aulas imediatamente, esperar pela resolução do processo dos subsídios de ferias e outros beneficios a que têm direito desde  2009 á  2012 nas salas com os educandos, não disse como é que vai resolver o problema.




Essa posição da mandatária do Sr Governador da Lunda-Norte, não agradou o colectivo de professores presentes ao encontro, o que provocou muita confusão na sala de reunão e a retirada de todos sem terem chegado as conclusões.



A EDUCAÇÃO NA LUNDA-NORTE ESTA DOENTE



O sector da Educação na Lunda-Norte, esta doente, precisa de socorro para a resolução de muitos problemas que enferma.  O problema remonta no pretérito ano de 2009.



Em Março de 2012 o SINPROF convocou uma greve para exigir da entidade do Ministério da Educação o pagamento de subsídios de ferias e outros beneficios acumulados desde 2009 até 2012 (4 ANOS), o Governo Provincial prometeu pagar e, a greve ficou cancelada.



Em Novembro de 2012 o mesmo SINPROF voltou a convocar outra greve, já que o Governo do Sr Ernesto Muangala não estava a honrar o compromisso. As partes reuniram e celebrou-se um Memorandum de entendimento, uma vez mais o governo provincial comprometeu-se a cumprir com a sua obrigação e o dever de pagar o que devia aos professores.




Volvidos mais de 6 meses (Novembro 2012 á Maio 2013), nem uma palha foi removida pelo governo provincial da lista das exigências do memorandum de entendimento, o que obrigou a esta nova greve, que teve início no dia 20 de Maio do corrente ano.




Para além dos subsídios de ferias, o SINPROF exigia também o cumprimento do artigo 42º do Decreto 16 sobre a nomeações em cargos de direcção e chefia nas escolas públicas, professores com duplo vinculo e duplo salários entre as várias irregularidades que constantemente é violada por parte do Governo Provincial, que nomear estagiários, familiares ou membros do MPLA sem conhecimentos de pedagogia e as condições exigidas por lei.




Assim, o SINPROF na Lunda-Norte, recorreu por direito no artigo 26º da Lei 23/91, lei da greve, aprovada á 13 de Maio e publicada no Diário da República I Série no dia 15 de Junho de 1991.




Mesmo assim, o SINPROF da Lunda-Norte, diz que o governo provincial contra todas as expectativas, esta a violar os artigo 21º e as alíneas 1 e 2  e o artigo 28º da lei sobre as greves, pois, a mesma diz que os grevistas não podem ser prejudicados, não podem ser coagidos ou obrigados a aceitarem qualquer exigência, existe um memorandum que a entidade empregadora não esta a cumprir.




De acordo com a fonte do SINPROF, estão envolvidos do saque do dinheiro de subsídio de ferias dos professores, o ex-Director Províncial Educação da Lunda-Norte  Luis Kitamba, o Sr Drº Espanhol do Gabinete do Governador entre vários funcionários seniores, muitos deles com propriedades e Colégios  em Luanda e com o conhecimento do Governo Provincial que nunca tomou medidas.




A mesma fonte disse que a TPA, a RNA e ANGOP, transmitem informações completamente falsas, sobretudo quando se fala da Educação, dão exemplos, de a TPA sempre apresentar a existência de mais de 16 Institutos Médio na Lunda-Norte, somente existe um Instituto Médio no Dundo.




A presença da Policia Anti-Motin nas escolas, a nomeação de estagiários, o suborno, actos de corrupção bem identificados,compra de cargos de Direcção e Chefia por 7000 mil USD,  o roubo do património escolar por parte de antigos funcionários, ameaças de morte e perseguições a responsáveis do SINPROF, falta de pagamento de salários por mais de 6 meses a agentes de segurança das escolas, a penalização em 4 meses de salários aos novos professores recrutados em 2012, professores contratados desde 2003 que não passam a efectivos de acordo com a lei, a arbitrariedade em salários, estão entre as várias doenças que enferma a EDUCAÇÃO NA LUNDA-NORTE.


E POR ISSO A GREVE CONTINUA!...




Por Samajone na LUNDA

sábado, 29 de junho de 2013

MRMBROS DA DIRECÇÃO DO MOVIMENTO EM TRABALHO DE CAMPO NO INTERIOR DA LUNDA TCHOKWE E NA EUROPA

MRMBROS DA DIRECÇÃO DO MOVIMENTO EM TRABALHO DE CAMPO NO INTERIOR DA LUNDA TCHOKWE E NA EUROPA




Membros da Direcção do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe em trabalho mobilizativo no interior da Nação Lunda Tchokwe, para o efeito, deslocou se para a Lunda-Sul o Secretario dos Direitos Fundamentais e membro do Comité Executivo Nacional Sr Ngongo Manuel Jr., que já esteve sucessivamente nos municipios de Cacolo, Saurimo e Dala, onde trabalhou junto das comunidades tradicionais e a juventude.




Uma outra comitiva do Comité Executivo Nacional do movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, trabalha na região do Moxico, nos municipios dos Mbundas, Luau, Cazombo e Luena, comitiva de que faz parte o Secretario Adjunto Nacional para os Assuntos Politicos Sr Silva Uanguiva, reuniões com autoridades tradicionais e a juventude, tem dominado a sua acção de trabalho, auscultação e falta de conhecimento da história da Lunda é o ponto mais alto encontrado nas comunidades por onde tem passado.




A realçar também as ameaças as populações, intimidações, humilhações e perseguições acompanhadas de intolerâncias politicas entre membros de Partidos Politicos é o cenário mais predominante na região do Moxico, comparado com a fase negra do colonialismo português entre 1950 á 1970, altura que mataram indiscriminadamente várias autoridades tradicionais conotados com os movimentos delibertação naquela altura.




O Secretario Nacional Adjunto para os Assuntos Politicos disse que, a Juventude no interior esta perdida, desconhece totalmente da história, não há escolas nem manuais que falem da história da Lunda. Disse que é triste conviver com este cenário, e que futuro se espera com esta juventude perdida...enquando as intenções porque luta o movimento, as informações que o regime totalitário angolano transmite as populações é deturpado. Só sabem transmitir as mentiras de que o movimento é de separatistas e tribalistas, que querem semear mas a guerra e derramar sangue inocente.



Estão a envenenar ajuventude e as autoridades tradicionais, concluiu o Secretario Adjunto dos Assuntos Politicos...




Por outro lado, membros dos Secretariados Regionais da Lunda-Sul e Lunda-Norte, respectivamente os Sres Armando Mutondeno e Paulo Muamuene, foram recebidos em audiências pelo Presidente do maior Partido da Oposição Angolana UNITA, Sr Isaias Henrique Ngolo Samakuva, a quem pediram para junto do Conselho da Republica de que é Membro, transmitir ao Sr Presidente da Republica Eng.º José Eduardo dos Santos as inquietações da reivindicação da Autonomia da Nação Lunda Tchokwe e a libertação incondicional dos Activistas Politicos ilegalmente na Kakanda no Dundo.




O  Secretario da Presidência do Movimento para Acção Juvenil e Direitos Humanos Sr Augusto  Marcos Biete esta em trabalho de campo em Menongue, Kuando Kubango.




NA PROXIMA EDIÇÃO ACTIVIDADE DE MEMBROS DO MOVIMENTO

NA EUROPA


sexta-feira, 28 de junho de 2013

GREVE DE PROFESSORES NA LUNDA CONTINUA DE MOMENTO,..ERNESTO MUANGALA DIZ QUE VAI EXPULSAR TODOS DA EDUCAÇÃO

GREVE DE PROFESSORES NA LUNDA CONTINUA DE MOMENTO,..ERNESTO MUANGALA DIZ QUE VAI EXPULSAR TODOS DA EDUCAÇÃO







Ernesto Muangala, governador da Lunda-Norte disse que vai expulsar todos os professores grevista da educação que não voltarem até ao dia 27 do corrente, nas salas de aulas.





Um forte dispositivo da Policia Anti-Motim foi colocado em todas as escolas primárias, sobretudo na cidade de Dundo, por ordem superior do senhor Governador Ernesto Muangala.




Os professores que entraram em greve há cerca de um mês para cá, exigem da entidade empregadora do Estado Angolano, os seus ordenados e uma serie de subsídios que não recebem desde 2011. O braço de ferro e a falta de dialogo esta também na base do prolongamento da greve.





Aventa-se a hipótese de substituir os professores com os alunos do ensino médio, a verdade porém, se não existe dinheiro para os efectivos, onde é que o senhor Governador vai encontrar dinheiro para pagar os alunos que vai contratar? Porque então não paga os professores se existe tais verbas?




Esta greve esta a prejudicar fortemente as crianças, parece não existir a data de termino da mesma, o que vai mutilar ainda o aproveitamento escolar destes educandos, numa região sem alternativas.





O certo é que já se passaram mais de 50 dias, e a greve  continua, o braço de ferro das partes mantém, por um lado o SINPROF da Lunda-Norte e por outro lado o Governo, no meio de tudo isso, as crianças é que estão a perder o mais precioso, a aquisição dos conhecimentos cientificos para os desafios do amanhã...



POR SAMAJONE NA LUNDA

120 ANOS DA RATIFICAÇÃO DA ACTA DAS FRONTEIRAS NA LUNDA

120 ANOS DA RATIFICAÇÃO DA ACTA DAS FRONTEIRAS NA LUNDA
 «Limites no Congo e no Lunda, AMNE»
março n.º 25, armário n.º9





Les Gouvernement de Sa Majesté Très-/Fidèle et de L’Êtat Indépendant du Congo, s’étant fait/rendre compte des travaux de délimitation exécutés/sur le terrai par les commissaires qu’íls avaíent/chargé, aux termes de L’article 2 de la Convention/signé à Lisbonne le 25 mai 1891, d’effectuer le/tracé de la frontière tel qu’il resulte de l’article 1/de la susdite convention et ayant pris connaissance du/pracès-verbal du 26 juin 1893 signé, sous réserve de/ratification, à Loanda par les dits commissaires, ont/décidé d’approuver el de ratifier respectivament ce/procès-verbal du 26 juin 1893 dans les termes suivants.


Anno de mil oitocentos/ e noventa e tres aos vinte e seis/dias do mez de Junho, Nós/Jayme Lobo de Brito Godins/Governador Geral Interino/da provincia de Angola, e George Grenfell, Mission/ario da Missão inglesa baptiste (sic)/


Depois de termos mutuamente/apresentado os nossos diplomas,/que foram achados em boa/e divida (sic) ordem, dando-nos /plenos poderes de Commissarios/regios por parte de Portugal/ e do Estado Independente do/Congo para executarmos de /commum accordo o traçado / da fronteira na região da Lunda,/ em conformidade com / o estipulado nos artigos 1.º e /2.º da Convenção de Lisboa/ de 25 de Maio de 1891, tendo/ além disso o Commissario/ regio por parte de / Portugal o direito de/ de transmitir, no todo ou/ em parte, os poderes/ que foram conferidos, / faculdade que fez uso/ delegando no tenente gra/duado do exercito de Portugal, Simão /Candido Sarmento, os mesmos/ poderes no que respeitasse/ a trabalhos de campo.


Depois de termos tomado/ conhecimento das actas das cinco sessões aqui juntas,/ que estão asignadas pelos/ referidos: tenente Simão /Candido Sarmento, regio por/tugues para os trabalhos/ de campo e George Grenfell/ Commisario regio do Estado/Independente e bem assim/ pelo capitão da Força publicana do Estado Independente do Congo, Floren/Gorin, Commissario/regio para os trabalhos/technicos; Conviemos/ em adoptar - «ad refe/rendum» - o traçado/ da fronteira consignado/ na presente acta/que não vae assignada pelo/ mencionado capitão Gorin/(Florent), por se achar/ ausente, o que nada diminue o valor do mesmo/ documento, que é a trans-/cripção dos limites que o dito Capitão Florent/Gorin approvou e/ constan das cinco/actas acima mencionados./


A continuação do/thalweg do Cuango/(Kwango desde 8º/ parallelo até á/ confluencia do/Utunguila (Tunguila)/8º 7’ 40’’ latitude Sul/ approximadamente;/ o thalweg do Utunguila/(Tunguila) até á sua/ intersecção com o /canal pelo qual/ correm as aguas do Lola;/ o thalweg do mesmo/ canal até á sua junção com o Comba/(Komba) 8’ a Oeste do Uhamba (Wamba) e 8º 5’ 40’’ /latitude sul approxi/madamente; na falta /d’um limite natural / a fronteira até ao/thalweg do Uhamba /(Wamba) será demar/cada pela linha Este/verdadeira, partindo do/ ponto de juncção citada/(Comba e Lola),/


Depois do parallelo/ do ponto de juncção do/ Comba (Komba) com/ o Lola, o thalweg de/Uhamba(Wamba) até/ á confluencia de /Novo (Uovo); o thalweg/de Uovo até á sua/ juncção com o Combo/(M’Kombo); o thalweg/ do Combo / (M’Kombo), e /do Camanguna (Ka/manguna) (ou do/rio pelo qual as/aguas go Lué entram/ no Combo) até ao/ (8º grau); a partir /d’este ponto (8º grau)/ o limite será o /8º parallelo ao thalweg do rio/Lucaia (Lukai);/ o thalweg deste/rio (Lucaia) até ao/ 7º 55’ Latitude sul/; o parallelo deste/ponto (7º 55’ Latitude/sul) até ao Cuengo/(Kuengo); o thalweg/ do Cuengo (Kuengo)/ até ao 8~grau; desde/ponto o parallelo/ até ao Luita; o/ thalweg do Luita/ até á sua juncção /com o Cuilo (Kuilo)/ a partir d’este ponto/(7º 34’ Latitude Sul/ approximadamente)/ este parallelo até/ ao thalweg do Cama/bomba (Kama-bomba)/ ou Cungulungu/(Kungulungu); o thalweg/ do Cungulungu (Kung/ulungu) até á juncção /das suas águas com o Loangué,/ e o thalweg do Loangué,/ até ao 7º grau La/titude Sul,/


A partir da intersecção do thalweg do/ Loangué com o/ 7º grau, a conti/nuação d’este parallelo/ até á sua intersecção/ com o thalweg de Lóvua; o thalweg de Lóvua até/ 6º 55’ Latitude Sul;/ d’este ponto (6º 55’ L.S.)/ o limite será este/ parellelo até á sua/ intersecção com o thalweg do Chicapa/ (Chicapa) /(Chikapa/; o thalweg/ d’este rio (Chicapa)/ até ao 7º 17’ Latitude/Sul; d’este ponto/(7º 17’ lat. Sul/ o parallelo até ao /thalweg do Cassai (Kassai)./


Feito em duplicado na cidade/de Loanda, aos vinte e seis/dias do mez Junho do anno/ de mil oitocentos e noventa e tres./ por Portugal/ (s) Jayme Lobo/ de Brito Godins/
Pelo Estado Independente do Congo/ (s) George Grenfell/


terça-feira, 18 de junho de 2013

MAIS UM ASSASSINATO DE MULHER HOJE NO CUANGO, DIA 18 DE JUNHO DE 2013

MAIS UM ASSASSINATO DE MULHER HOJE NO CUANGO, DIA 18 DE JUNHO DE 2013




DEPOIS DA BONANÇA VEM A TEMPESTADE, MAL ACABOU A MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO CONTRA AS ATROCIDADES E ASSASSINATOS DE MULHERES NO CUANGO, QUE COLOU MAIS DE 40 ELEMENTOS NA CADEIA EM OPERAÇÃO DA POLICIA NACIONAL DE CAÇA HOMEM, EIS QUE SURGE UMA VITIMA.


AS RETALIAÇÕES JÁ COMEÇARAM, DESTA VEZ A VITIMA É A SENHORA ROSA CAUNZE, DE 40 ANOS DE IDADE, NATURAL DE CAUNGULA, FOI ENCONTRADA MORTA POR VOLTA DAS 16 HORAS DE 18 DE JUNHO DE 2013, JUNTO DAS 8 CASAS DA ADMINISTRAÇÃO DO CUANGO, CERCA DE 500 METROS.

ATÉ AO MOMENTO O CORPO DA MALOGRADA AINDA NÃO FOI REMOVIDA NO LOCAL DO BRUTAL INCIDENTE QUE A VITIMOU MORTALMENTE.

OS SINAIS SÃO DE ESPANCAMENTO E TORTURA...

OS AGENTES DA POLICIA E DE INVESTIGAÇÃO ESTÃO NO LOCAL DO INCIDENTE...

MAIS INFORMAÇÕES SOBREB O ASSUNTO NAS PROXIMAS HORAS...





segunda-feira, 17 de junho de 2013

PRETOS AO PODER PORQUE…OS NEGROS JÁ LÁ ESTÃO

PRETOS AO PODER PORQUE…OS NEGROS JÁ LÁ ESTÃO


William Tonet – Folha 8, edição 1146 de 15 junho 2013




Hoje, depois de muito se ter fala­do sobre a entrevista concedida, pelo Presi­dente da República à SIC, canal de televisão privada portuguesa, decidi não me ater muito a ela, preferin­do fazer uma incursão so­bre o que considero estar na base de muita da confli­tualidade em alguns países de África e, principalmen­te, em Angola, depois de se ter libertado do jugo colonial português e estar, desde 1975, a ser governa­da por angolanos.


No calor da luta de liberta­ção nacional, estes nacio­nalistas ou pseudo-nacio­nalistas pretos, carentes de legitimidade e solida­riedade para a guerrilha, fez juras de, tão logo, che­gados ao poder, inverter o rumo do racismo, da po­breza e da discriminação, enfrentada pelos diferen­tes povos, que despojados das suas terras, viviam na miséria.

Ledo engano.

Instalados no poder, os novos dirigentes forma­dos e forjados nas aca­demias ocidentais, não conseguiram adaptar es­ses conhecimentos à rea­lidade dos seus povos, tal como fazem, com maes­tria os asiáticos e árabes. Os angolanos, preferiram, dar continuidade de forma mais refinada a uma práti­ca institucionalizada pelo regime salazarista: a assi­milação. Esta consistia em transformar o indígena, que adoptasse uma pos­tura distinta dos da maio­ria, como renegar a sua cultura, língua, costumes, alimentação, religião e tra­dição, em negros, melhor, indígenas psicologicamen­te lavados, que renegavam a luta pela independência e por via disso, poderiam ascender a certos cargos, na função pública colonial.


Muitos destes assimilados infiltraram-se nas fileiras da revolução, com o ob­jectivo claro de subverter os propósitos da constru­ção de um verdadeiro Es­tado de cariz africano, mo­derno e tecnologicamente próximo dos demais Esta­dos do mundo.


E tanto assim é que, hoje, podemos verificar os da­nos que os negros causam aos pretos, que sendo a maioria, estão relegados para a mais ignóbil po­breza, miséria extrema, discriminação, para além de não terem educação e saúde, com o mínimo de qualidade e dignidade, enquanto essa minoria se refastela com os milhões de dólares desviados do erário público, transfor­mando por via disso, a corrupção numa norma institucional, com imuni­dade bastante, para não causar danos aos seus ac­tores, com a apropriação dos sistemas de justiça, policial e militar.


Por esta razão, por mais paradoxal que possa pa­recer, neste momento, a maioria dos pretos angola­nos, está refém de negros assimilados, que despre­zam e têm vergonha de assumir as línguas angola­nas, os costumes e a tradi­ção dos diferentes povos que habitam e convivem de forma harmoniosa o território Ngola (Angola), impondo uma que é estra­nha à maioria.


Só um negro pode aplau­dir que uma Constituição de um país onde existem várias línguas, e na qual estas sejam relegadas para segundo plano, por eleição de uma estrangeira.




Só um negro pode or­gulhar-se de colocar na sua Constituição a mes­ma norma, que é a base da colonização: a terra é propriedade exclusiva do Estado. Uma cópia fiel do que defendia o colonialis­mo, mas que se tolerava por ser estrangeiro, mas diante de tantas anormali­dades, não tenho dúvidas; António Salazar, ao lado do que fazem muitos dos actuais dirigentes negros aos pretos, era um feto.


Só os negros continuam a assumir, ainda hoje, tal como o faziam no tempo colonial, que pirão (fun­ge) só comem uma vez por semana, aos sábados, porque senão dormem e com o maior desplante defendem como seu prato preferido o “cozido à por­tuguesa”, tal é o desenrai­zamento.


Os pretos, feliz e orgulho­samente, comem pirão todos e várias vezes ao dia e não dormem, pelo con­trário, trabalham vigorosa­mente.


Os negros, defendem a continuidade das datas co­loniais nas cidades liberta­das, tal como a manuten­ção do livro dos nomes coloniais nas conservató­rias do Registo Civil, onde impera a resistência aos nomes angolanos e africa­nos, diferente da promo­ção, também, dos nomes cubanos e russos.


Politicamente, a elite ne­gra é propensa à acultu­ração e à promoção de valores estrangeiros, base por onde assenta a estra­tégia da discriminação dos adversários políticos, dos assassinatos selectivos dos membros da oposição, da arrogância extrema, da privatização familiar do Estado, da fraude elei­toral, da má distribuição da riqueza nacional, da corrupção endémica e da implantação de uma de­mocracia de fachada. Os negros, também, no seu complexo, transformam as minorias em cobaias, melhor, segundo as con­veniências do seu poder, vão promovendo a intriga entre mulatos, brancos e pretos, para melhor reinar, quando sabem que estas duas raças unidas (já que os mulatos patrióticos, consideram-se pretos), por Angola, são uma força incontornável.


Basta recordar que no tempo colonial, não havia mulatos, pois a maioria, orgulhosamente consi­deravam-se preto, que o diga o kota Bonga, que “palava” de manhã até a noite se lhe chamassem de laton. Infelizmente, um dos maiores responsá­veis desta divisão de raças entre nós, foi Agostinho Neto, na sua política dra­coniana.


É pois nesta encruzilha­da que se encontra, neste momento, Angola, carente de uma unidade de todos os seus cidadãos: pretos e brancos, unidos e verda­deiramente comprometi­dos com as suas origens, com o fim do racismo, com a democracia e com uma verdadeira paz e po­lítica de reconciliação na­cional.


Por via disso é preciso que nasça um amplo mo­vimento nacional, para a promoção de novas leis, capazes de revogarem aquelas que são a continu­ação da política colonial, como a exclusividade da língua portuguesa, a titula­ridade da terra, as actuais efígies na moeda nacional, os símbolos da República, o hino e a bandeira, princi­palmente.




Os pretos, os mulatos e brancos patrióticos e co­erentes, devem tudo fa­zer para evitar que o país tenha uma transição pacifica e não violenta do poder, que parece ser in­tenção do actual regime, que se sente como peixe na água, com a guerra. Por esta razão, os verdadeiros nacionalistas de todas as raças e povos, maiorias ou minorias, devem redobrar esforços, para que a nova aurora, salve Angola do di­lúvio anunciado.

domingo, 16 de junho de 2013

MAIS DE 18 ELEMENTOS PRESOS NA MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO AOS ASSASSINATOS NA LOCALIDADE DE CAFUNFO

MAIS DE 18 ELEMENTOS PRESOS NA MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO AOS ASSASSINATOS NA LOCALIDADE DE CAFUNFO




Mais de 18 elementos presos pela Policia Nacional Angolana, na manifestação que teve lugar onde na localidade mineira de Cafunfo, Lunda-Norte.





Entre Dezembro de 2012 á Abril de 2013, mais de 20 corpos foram encontrados mortos, assassinatos selectivos, sobretudo mulheres a quem foram arrancados os seus órgãos genitais, a Policia tomou conhecimento, o governo tomou conhecimento mais não ouve reação das autoridades.





A manifestação teve inicio as 8 horas do dia 15 de Junho até as 14 horas, percorreu varias artérias da vila mineira pacificamente sem vandalismo, sem desobediências e terminou junto das instalações da Direcção dos Serviços de Investigações Criminais, onde os organizadores pretendiam entregar uma carta de repúdio sobre os tantos assassinatos naquela região da Lunda Tchokwe.



A carta não foi entregue porque não havia ninguém na instalação… A POLICIA NACIONAL, AS AUTORIDADES COMPETENTES DA REGIÃO NÃO FAZEM NADA SOBRE OS ASSASSINOS E NEM INVESTIGAM OS CASOS QUE ACONTECEM,…



As 15 horas, depois de ter terminado a manifestação a Policia Nacional começou a operação casa homem, ou seja foram em busca das pessoas nas suas respectivas casas, que resulto na detenção dos 18 elementos incluindo dois dirigentes de um Partido Politico da oposição Angolana, PRS…



Esta manhã 16 de Junho de 2013, os 18 elementos foram transferidos para a sede municipal do Cuango, enquanto isso a operação caça homem continua na localidade mineira de Cafunfo.



Uma fonte disse que a Policia vai fabricar algumas provas para poder condenar estes elementos, tais como vandalismo, assaltos e roubos de geradores, destruição de viaturas etc,..



Ainda vai correr muita tinta e água debaixo da ponte…




POR SAMAJONE

sábado, 15 de junho de 2013

MEGA MANIFESTAÇÕES NA LUNDA TCHOKWE CONTRA OS ACTOS DE ATROCIDADES DO REGIME DE JES

CUANGO A FERRO E FOGO COM O REGIME DITATORIAL DE JES, REALIZOU ESTA MANHA 15 DE JUNHO DE 2013,UMA MEGA MANIFESTAÇÃO,REUNINDO CERCA DE 30000 POPULARES EM REPUDIO AOS ASSASSINATOS SELECTIVOS DIRIGIDAS SOBRETUDO CONTRA AS MULHERES E OUTRAS ATROCIDADES DO REGIME...


DESDE DE AS 18 HORAS DO DIA 14 DE JUNHO DE 2013, PAIOL DA FAA NO LUZAMBA ESTA EM CHAMAS E A POPULAÇÃO ESTA EM PÀNICO,...

quinta-feira, 13 de junho de 2013

ACTIVISTAS DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE CONTINUAM PRESOS ILEGALMENTE

ACTIVISTAS DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE CONTINUAM PRESOS ILEGALMENTE





O grupo de trabalho da ONU sobre a detenção e prisões arbitrárias, a Amnistia Internacional e outras Organizações Internacionais e Angolanas de defensa dos direitos humanos, Activistas Cívicos, personalidades do mundo político, académicos entre outros, escreveram cartas ao Governo Angolano, ao poder Judiciário, fizeram denúncias, publicaram informações entre 2011 á 2013 sobre a ilegalidade das prisões de Activistas e Filhos da Nação Lunda Tchokwe.



Mais de 500 personalidades fizeram um abaixo-assinado e enviaram ao Governo Angolano, pedindo a libertação dos Activistas do Protectorado da Lunda Tchokwe, que não cometeram crime nenhum, simplesmente reivindicaram o seu direito legítimo e natural, o direito da Nação Lunda Tchokwe a AUTONOMIA.



Governo Angolano nunca deu espaço aos Advogados de defensa do processo, simplesmente os ignora, razão pela qual todos os julgamentos haviam sido realizados sem a presença dos mesmos, a acusação sempre foi crime contra a segurança de estado, previsto pelo artigo 26º da Lei 7/78 revogado em 2010.



Em 2010 morreu na cadeia do Conduege Dundo, Lunda-Norte, o Activista Bonifácio Chamumbala Muatxihina, em situações estranhas, nunca foi julgado e, foi enterrado em vala comum sem o consentimento de sua família, numa clara violação ao direito a vida e um enterro condigno. Não se tratava de um meliante ou de um criminoso ou de um ladrão de botija de gaz.



O poder judiciário angolano julgou os Activistas do Protectorado da Lunda Tchokwe sob pretexto e manipulações num processo altamente viciado com a interferência do SINFO/SINSE de rebelião, tentativa de dividir angola, manifestações contra o Governo, desobediência etc, onde o Tribunal Provincial da Lunda-Norte foi conivente ao inventar advogados inexistente ao processo, e a manipulação de Estagiários oficiosos.




O Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe entrega o dossier reivindicativo ao Presidente da Republica José Eduardo dos Santos, no dia 3 de Agosto de 2007, também o faz com os TRIBUNAIS ANGOLANOS – PGR, TRIBUNAL SUPREMO, PROVEDOR DE JUSTIÇA, TC e a Assembleia Nacional, encabeçada por MPLA, com a UNITA, PRS, FNLA, PDP-ANA, PAJOCA, PLD, PRD entre outros partidos, a Fundação Drº António Agostinho Neto, ao corpo diplomático, a ONU, a União Europeia, a União Africana, as Instituições e Organizações Internacionais de direitos humanos.




Quatro (4) anos depois, os TRIBUNAIS ANGOLANOS, acusam ilegalmente o movimento que os nossos actos são ilegais e condenam os Activistas, todos eles raptados.




O artigo 65.º da Lei Constitucional de Angola n.º5 diz que “Ninguém deve ser julgado mais do que uma vez pelo mesmo facto” e o n.º6 do mesmo artigo elucida nos, o seguinte “Os cidadãos injustamente condenados têm direito, nas condições que a lei prescrever, à revisão da sentença e à indemnização pelos danos sofridos”. Porque é que o poder Judiciário Angolano não quer aceitar a revisão das sentenças sobre os recursos que os Advogados Marcolino Moco e David Mendes de defesa remeteram?..



Presentemente, estes Activistas já cumpriram as ilegais e injustas sentenças, mas permanecem na cadeia da Kakanda, Lunda-Norte, para além de outros aprisionados em Saurimo por 90 dias e pagamento de cerca de 3000,00 USD.




quarta-feira, 12 de junho de 2013

SECRETARIO REGIONAL DO MOXICO DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO DA LUNDA TCHOKWE REUNE COM AUTORIDADE TRADICIONAL EM CAZOMBO

SECRETARIO REGIONAL DO MOXICO DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO DA LUNDA TCHOKWE REUNE COM AUTORIDADE TRADICIONAL EM CAZOMBO




Luena-18,Maio - O Secretario Regional do Moxico do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, Sr Dinis Kaluchaze, reuniu com as autoridades tradicionais no município do Cazombo, o encontro contou também com a presença de mais 15 Autoridades Tradicionais vindos da Republica da Zâmbia, convidados para o efeito.




O objectivo do encontro, foi sobre o trabalho mobilizativo, os esclarecimentos sobre a actualidade do movimento que reivindica autonomia administrativo, económico e jurídico da Nação Lunda Tchokwe, distribuição do folheto de selos e moedas para fins filatélicos e numismático, bem como a distribuição de alguns documentos históricos importantes e do estatuto do movimento do protectorado, explicações detalhados sobre a prisão ilegal de Activistas Políticos desde 2009 até a presente data na Kakanda no Dundo e mais 16 membros condenados por 90 dias e pagamento de 3000,00 três mil dólares americanos no estabelecimento prisional em Saurimo.



A reunião teve também outro pano de fundo, esclarecimentos e a desmistificação do veneno da campanha que o regime ditatorial do Presidente José Eduardo dos Santos leva a cabo contra o movimento, acusando-o de tribalismo e separatismo, as mentiras enganosas que são levadas nas aldeias, nos bairros, as ameaças e intimidações contra a juventude para não aderir a causa, entre os vários temas debatidos no Cazombo com a autoridade tradicional.



Tratou-se também das questões ligadas a violação dos direitos humanos no Moxico e do abandou total pelo regime aquela região que sempre foi um baluarte, albergou a luta dos angolanos contra o colonialismo português, serviu muitas bases guerrilheiras da UNITA e do MPLA, deu 66% dos seus filhos (guerrilheiros) que serviram a causa de Angola, foi palco das negociações da independência (Acordo de Lunhamege), e do fim da guerra civil em 2002.




AUTORIDADES TRADICIONAIS EXIGEM INDEPENDÊNCIA…


As autoridades tradicionais presentes, encorajaram a acção do movimento, enviaram uma Carta e um abaixo-assinado a Direcção e a Liderança do Presidente do Movimento Eng.º Zecamutchima, para este exigir do governo de Angola a nossa independência ao invés de reivindicarem Autonomia, esta carta é o sinal de apoio total das autoridades tradicionais do Moxico.




A vinda das autoridades tradicionais da Zâmbia é uma honra para o nosso movimento, eles serão portadores de informar com a verdade sobre o movimento reivindicativo do protectorado da Lunda Tchokwe nas comunidades da diáspora Lunda naquele país de Africa Austral.



Acções de género já tiveram lugar no Kangamba e no município dos Mbundas, que para além da presença das autoridades tradicionais, os encontros tiveram também afluência de muita Juventude com participação activa nos debates. O Secretario Regional Sr Dinis Kaluchaze, disse que em todos os encontros com as Autoridades Tradicionais, estes exigem sempre que o Movimento reivindique a “Independência” da Nação Lunda Tchokwe que é o verdadeiro direito (Kuando Kubango, Moxico e o antigo distrito da Lunda).



…”O MPLA e o Presidente José Eduardo dos Santos, não vão aceitar dar autonomia, não se perde mais tempo com eles, eles nem respeitam os mais velhos, não respeitam a história do povo Lunda, quem metem um SOBAS na cadeia!.. É com esse que o movimento quer dialogar”?.. Eles mataram muita gente, eles são sanguinários, mataram por simples reivindicação, vocês não sabem o que aconteceu na comuna da Calunda no ano de 1977 e de 1978?..



…Eles não vão dialogar pacificamente para solucionar o conflito da Lunda, sem que haja violência, o que melhor sabem fazer e não o contrario, estamos vivos para provarmos que estou errado, muito cuidado para não destruir o movimento, como fizeram com os partidos políticos angolanos, eles vão usar os membros fracos do movimento para criarem problemas, e o povo ficar na duvida acerca das boas intenções que vocês estão a defender com muito sacrifício e coragem, terem também muito cuidado com alguns falsos Sobas que são medrosos e traidores por causa da pobreza extrema de muitos deles, a troco de alguma coisa para matar fome, mata o irmão!.. Disse o Muanangana Muacandala vindo da Zâmbia presente na reunião.



O Secretario Regional disse que o ciclo de reuniões vai continuar em outras localidades com a juventude e as autoridades tradicionais, temos que combater o mito, temos que quebrar o gelo do medo exagerado que as pessoas têm do regime e dos serviços secretos diante de seu direito. No Moxico as pessoas estão tão apavoradas com o SINFO/SINSE, até conversas de quintal, pensam que estão sendo escutados por sobrenaturais do regime.



Por Dinis K. Luena SR/Movimento.