terça-feira, 22 de outubro de 2013

A DISA/SINFO/SINSE DO CONSULADO DO DITADOR JES/MPLA CONTINUA A HUMILHAR O POVO E A NAÇÃO LUNDA TCHOKWE





Até 1976, um ano depois da independência de Angola, não havia no território Tchokwe um único posto de arquivo de identificação português; os filhos Lunda Tchokwe que quisessem adquirir a nacionalidade portuguesa ou angolana, teria de fazê-lo, deslocando-se da Vila de Serpa Pinto (Menongue KK) para a Sá da Bandeira (Lubango Huila); Os da Vila Luso (Luena Moxico) para Silva Porto (Bié); Os da Vila Henrique de Carvalho (Saurimo Lunda) para Malanje.


                                                                                               
O regime ditatorial JES/MPLA nos anos 90 em comemoração do 11 de Novembro, o Sr. França Van-Dunem ex-primeiro Ministro, disse na cidade do Luena o seguinte; “Viemos aqui para agradecer o povo do leste, pelo apoio dado aos guerrilheiros do MPLA na luta de libertação de Angola”, o também ex-presidente da Assembleia Nacional e actual Vice-Presidente do MPLA Sr. Roberto de Almeida, em sessão plenária, respondendo a um deputado da oposição (Lindo Bernardo) filho Tchokwe, disse; “Você conhece as questões da Lunda e eu conheço as questões de Angola”, numa clara alusão de que Angola é um outro país e a Nação Lunda Tchokwe é também outro país, e cada um conhece a realidade do seu próprio país.



A assinatura do cessar-fogo entre Angolanos (MPLA) e Portugueses teve lugar num território neutro em 1974, este território era a Nação Lunda Tchokwe, exactamente na localidade da Chana Lunhamege na Região do Moxico, tinha de ser em um território livre e independente. Se assim não fosse, Portugal não teria enviado uma sua delegação em zona de conflito ou território reclamado.



As feridas e a paz espiritual do povo e Nação Lunda Tchokwe, sem ressentimento nem ódios, mas ainda estão por sarar, tudo quando aconteceu e contínua acontecer no consulado longevo do ditador José Eduardo dos Santos/MPLA, as pessoas lesadas direitamente, ainda têm mágoas nos seus corações, tanto quando aqueles que perderam seus entes-queridos, 1979-2012.



Esse período tenebroso do nosso calvário, jamais comparado com nenhum outro período da história do povo e a Nação Lunda Tchokwe, onde impera o ambiente de repressão quotidiano e brutal, com os abusos contra os direitos humanos de que somos vítimas. Continuamos com o clima de injustiça social e da perspectiva de represálias, com a gravidade da situação humanitária, paradoxalmente agravada pela nossa indescritível riqueza do solo e subsolo fértil em diamantes, flora, fauna e recurso hídricos, bastante invejáveis pelos nossos colonizadores Africanos em pleno século XXI.



A prática cruel e desumana do regime ditatorial do JES/MPLA dentro da Nação Lunda Tchokwe baseou-se sempre num modelo concentracionário, caracterizado pela criação de fronteiras, repressão sobre os trabalhadores (incluindo recurso a trabalho forçado e a migração compulsiva de naturais de outras partes de Angola e de estrangeiros para a Nação Lunda Tchokwe), e em geral pela férrea limitação da liberdade de circulação e de residência da população local.



Durante o período JES/MPLA Marxista--Leninista, de 1979 - 1992, o acesso à Nação Lunda Tchokwe, só era possível com a emissão de uma guia de marcha especial, espécie de uma carta de chamada, para a obtenção de visto de entrada emitida pelos serviços da Segurança de Estado de Angola (DISA/SINFO actualmente SINSE), em que os nativos que viviam fora da Nação, eram obrigadas a declarar o tempo de estadia, os bens e valores monetário em posse e a localidade para onde se deveria alojar.



A deslocação da área residencial para outra com realce fora do território era tão humilhante, que as mulheres e homens eram revistados e picados com dedos nas partes íntimas (vagina e ânus) pelas pessoas de sexo oposto ou semelhante etc. Agentes afectos a DISA/SINFO, nos Aeroportos e nos posto de controlos que estavam instalados por todo o território da Nação Lunda Tchokwe, ainda hoje os controlos continuam, realizavam estes actos repugnantes a pretexto da procura de traficantes dos diamantes no organismo humano, os suspeito eram considerados criminosos e em certos casos os cidadãos que não se identificavam com a politica do regime eram imputados a crimes inocentes, introduzindo lhes diamantes ou drogas despercebidamente nos seus haver para depois como matéria eram criminalizados. (Conhecido e famoso processo 105)



A DISA/SINFO/SINSE inventava qualquer história para incriminar qualquer filho Tchokwe com penas de crime de lesa pátria.  Quantos perderam a vida nas masmorras do regime do Sr. José Eduardo dos Santos? Buscas eram feitas para aprisionarem os cidadãos Lunda Tchokwe que fossem encontrados em posse de uma caixa de cerveja em lata ou uma garra de “Whisky Passport” um Televisor colorido ou mesmo com um aparelho de som SHARP por exemplo de oito pilhas.


                                                                                                                                             
Esse período tenebroso e negro para a Nação Lunda Tchokwe 1979-1992, período mais sangrento, em que na localidade de Calonda, Município de Lucapa, Lunda-Norte, zona das maiores reservas diamantíferas da Lunda, o regime do ditador JES sem piedade, as suas forças assassinaram barbaramente mais de 600 pessoas encontradas a garimpar no “KAMBAU e JARIBU”, o pretexto foi que eram guerrilheiros afecto a UNITA. A dor e o luto semeou-se em muitas famílias LundaTchokwe; muitos Corpos foram atirados no rio Chicapa que flutuaram até a República Democrática do Congo que questionou o assunto com a comunidade internacional.




Actualmente dois a três corpos diariamente são atirados no rio Kuango mortos pelas forças armadas do regime ou pelos agentes das empresas de segurança privada pertenças a Generais afectos ao Presidente José Eduardo dos Santos, porque foram apanhados a pescar ou nas suas lavras fonte natural de subsistência humana e do Lunda Tchokwe em particular, muitas vezes os aprisionados, são imputados de garimpeiros e mortos, fazendo desaparecer os seus corpos; hoje na Lunda Tchokwe em cada família há um desaparecido, esse autêntico genocídio esta a vista silencioso da comunidade internacional.



Essa Comunidade Internacional; ONU, União Europeia, União Africana, outros organismos, agencias e Organizações Não Governamentais de defesa dos direitos Humanos que só poderá despertar e agir se a situação no interior da Lunda Tchokwe se alterar ou agravar-se para o pior.

   

Filhos Lunda Tchokwe que são Ministros, Governadores, Generais, Comissários Policiais, Advogados, Professores Universitários, Deputados ao serviço do regime ditatorial de JES, só podem ignorar essas atrocidades, quem é de memória fraca que obscura esta triste e ignóbil realidade que o tempo jamais apagará…



 O solo da Nação Tchokwe está coberta de recurso minerais, os habitares dos seus habitantes estão condenados a serem constituídas na superfície de reservas queira dos diamantes ou outro minério, existente; Porém, dezenas de milhares de hectares de concessões mineiras estão a favor do regime, filhos e amigos do ditador JES que criou leis para auto acomodamento e usurpar terras dos autóctones na Lunda Tchokwe, sem ter em conta o direito natural desse povo, esquecendo-se que mesmo no reinado do Muatchissengue por cá e Muatiânvua na Mussumba, a Lunda Tchokwe primava um poder de carácter Autónomo. Dado o carácter transcendental do seu povo, os tributos dos Muananganas não eram alocados para o Ytengo nem ao Mussumba.



 Estas leis implicam interdições e limitações generalizadas à livre circulação de pessoas e bens, à actividade económica e ao próprio estabelecimento das populações no território.



Na prática, aldeias situadas nas zonas de concessão mineira são interditadas, sendo as respectivas populações desalojadas e forçadas a realojar noutras zonas, sem qualquer apoio das autoridades ou das concessionárias, ficando essas populações espoliadas das suas próprias terras tradicionais (Makunas). É disso que os filhos Lunda Tchokwe querem? Crioulos vindos de fora são donos de Xamiquelengue, Muxinda, Dala, Nzaji, Kukumbi, Xassengue, Luangue, Calonda, Cazombo exploração do alumínio, Okavango projecto turístico internacional, etc. É disso que os filhos Lunda Tchokwe querem?..



O regime do ditador José Eduardo dos Santos ao longo do seu consulado, conseguiu alterar a cultura milenar da Nação Tchokwe, inverteu os valores éticos e morais, dominou o poder tradicional, jogou o reinado do Muatchissengue entre as mesmas famílias, as humilhou e fez desaparecer a verdadeira linhagem, desde o Cazombo e Calunda no Moxico até ao Chitato, com ajuda dos serviços da DISA/SINFO/SINSE, joga os Bângalas contra o Tchokwe, o Songo contra o Mbunda, o Nganguela contra o Minungu e depois aparece para dizer que existe conflitos étnicos na Nação Lunda Tchokwe, “DIVIDIR PARA REINAR”…


  
O SINFO/SINSE aterroriza de que maneira as populações Lunda Tchokwe, em particular Menongue e Luena, que o povo nem pode respirar, vivendo sob pressão segundo a qual, qualquer questionamento contrário ao regime do ditador JES, já esta a escuta dos agentes de segurança, a desconfiança reinam no seio das populações que vivem com memória dos acontecimentos de 1977 (matanças da Calunda com os chamados fraccionistas do MPLA) outro genocídio organizado pelo mesmo regime, onde os serviços secretos jogaram um papel importante, massacrando toda a intelectualidade angolana da época.



Em toda esta história a DISA/SINFO/SINSE tem jogado um papel muito importante ao serviço do CHEFE OMNIPRESENTE, o ditador JES que conseguiu astutamente aterrorizar com esta máquina o povo Lunda Tchokwe, mantendo-o sob pressão com vários métodos que só estes órgãos Maquiavélico sabem; desde a prostituição infanto-juvenil, violações sexuais, homicídios premeditados, torturas prisionais, arbitrariedade, intimidações e ameaças de morte, assassinados selectivos de opositores e defensores por meio de envenenamentos, burlas, linchamentos etc., etc.,…



Que futuro e esperança têm o nosso povo submisso a um Estado e Governo imposto que impera com leis impróprio, mentiras, perseguições, expropriações latifundiária, saque e desvio de recurso públicos para o enriquecimento ilícita das suas famílias, a quem ele considera elite empresarial angolana para competir com o mundo exterior, com os generais que o ajudaram a ocupar esse território etc.




A comunidade internacional deve agir muito rapidamente, ajudando o povo e a Nação Lunda Tchokwe na sua luta pacífica para o resgate da autodeterminação.