domingo, 17 de março de 2013

UNITA QUER COMISSÃO DE INQUÉRITO PARLAMENTAR SOBRE ESCRAVIDÃO NO KUANDO KUBANGO


UNITA QUER COMISSÃO DE INQUÉRITO PARLAMENTAR SOBRE ESCRAVIDÃO NO KUANDO KUBANGO




A UNITA vai solicitar comissão de inquérito parlamentar, para investigarem a situação de escravidão dos angolanos no Kuando Kubango.



A intenção foi manifestada pelo Presidente do Partido, Isaías Samakuva, durante o comício político em Menongue, no dia 16 de Março de 2013, em alusão a celebração do 47º aniversário da fundação da UNITA, que se assinalou a no passado dia 13 do mês corrente.



Na ocasião, Isaías Samakuva denunciou o que chamou de escravidão de angolanos nas fazendas que se diz pertencerem aos governantes, cuja mão-de-obra é paga pelo Estado.


“Aqui no Kuando Kubango existe escravatura, há aqui companheiros trabalhando nas fazendas, cujo trabalho é lavar porcos”, denunciou, o Presidente Samakuva, sublinhando ter estado nos últimos dez dias em contacto com os sobas, com anciãos e jovens e dos quais ouviu lamentações sobre trabalho de escravidão.



Segundo avançou, as fazendas parecem pertencer a pessoas, mas quem paga é o estado.


“Os nomes das fazenda, as empresas dizem-nos que são de governantes, mas os trabalhadores quando perguntados dizem-nos que recebem dinheiro do Estado”, acrecentou o Presidente Samakuva para quem “quer sejam de governantes, quer sejam de empresários privados, o tratamento que reservam aos nossos companheiros aqui no Kuando Kubango é uma pura escravatura”.


O pedido de inquérito a ser feito pela UNITA, de acordo com o seu líder, vai ser dirigido também às organizações de defesa dos direitos humanos e ao MAPESS, para apurarem a realidade dos factos que se vivem no Kuando Kubango.



O Presidente da UNITA falou também da necessidade de se aferir a conformidade do papel da Casa Militar com a Constituição da República de Angola, numa altura em que no Kuando Kubango, a instituição de apoio ao Presidente da República é que recruta trabalhadores para as fazendas de privados e pagos com dinheiro do Estado.






“Teremos de saber se são fazendas do Estado ou de privados. Pela Constituição da República de Angola, a casa militar é em Luanda, aqui no Menongue estamos a ouvir que a Casa Militar é que recruta trabalhadores para fazendas de privados. Teremos de ter respostas claras, conforme a lei”, insistiu Isaías Samakuva, ameaçando que instruir outro processo-crime, se as respostas às questões levantadas não forem conforme a lei.

 

Por www.unitaangola.org