terça-feira, 31 de dezembro de 2013

A CIDADÃ ENCONTRADA MORTA NA PRAÇA NA LOCALIDADE DO CUANGO JÁ FOI IDENTIFICADA

A CIDADÃ ENCONTRADA MORTA NA PRAÇA NA LOCALIDADE DO CUANGO JÁ FOI IDENTIFICADA





A cidadã Lunda Tchokwe encontrada ontem dia 30 de Dezembro de 2013, morta na praça do Cuango, já foi identificada, a malograda chamava-se Ndende e é natural do Moxico em vida residia no Bairro Domingos Vaz, município de Xá – Muteba.



A fonte policial diz que desconhece quem são membros da sua família, amigos e as razões e motivos da sua vinda para o Município do Cuango, suspeita-se; questões de negócios ou simplesmente passagem de festas do fim de ano.




A questão fundamental, neste momento é a falta do esclarecimento das causas da sua morte ou de possíveis autores deste bárbaro assassinato, que a autoridade policial do Cuango ainda não esclareceu.




Por outro lado a polícia ainda não esclareceu, se já apareceram seus familiares ou amigos a reclamar do seu corpo, a fim de receber um enterro condigno, sob pena de ser enterrado em vala comum.




Os Activistas dos direitos humanos afectos ao Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe vão acompanhar este caso ate seu desfecho.





Por Fiel Muaku no Cuango

RDC HOMENS ARMADOS ATACAM TV E AEROPORTO, TROPAS E MATERIAL BÉLICO NA FRONTEIRA COM ANGOLA

RDC HOMENS ARMADOS ATACAM TV E AEROPORTO, TROPAS E MATERIAL BÉLICO NA FRONTEIRA COM ANGOLA








Um grupo de homens armados atacou o aeroporto e assumiu o controlo da estação de TV estatal em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, no que pareceu ser uma tentativa de tomada do poder por seguidores do líder religioso Paul Joseph Mukungubila.




A polícia montou um cordão de isolamento em redor do edifício da TV pública, onde homens armados fizeram vários reféns, segundo relatos de jornalistas. Testemunhas também relataram tiros dentro do quartel Tshatshi, perto do Ministério da Defesa.



O Congo, um vasto país no coração de África, está a tentar ultrapassar décadas de violência e instabilidade, especialmente no leste, uma região rica em recursos, onde milhões de pessoas já morreram devido à fome e doenças que podiam ser evitadas.




A ONU tem uma missão de paz com cerca de 21 mil elementos no Congo, a “MONUSCO”.




Antes da interrupção das transmissões da TV estatal, dois homens armados transmitiram o que parecia ser uma mensagem política contra o presidente Joseph Kabila, que assumiu o poder em 2001, após o assassínio do seu pai, Laurent.




«O Gideão Mukungubila veio libertar-vos da escravidão pelos ruandeses», disseram na mensagem.




Mukungubila, que se intitula «O profeta do eterno», disputou a Presidência contra Kabila em 2006, e foi derrotado.




AUTORIDADE DO PODER TRADICIONAL LUNDA TCHOKWE DENUNCIARAM PRESENÇA DE TROPAS E MATERIAL BÉLICO JUNTO DA FRONTEIRA ENTRE A RDC E ANGOLA




Informações convergente a que se ajunta as denúncias de Autoridades do Poder Tradicional da Lunda Tchokwe, da vasta região de Caungula, Camaxilo, Domingos Vaz, Friquixi e outras localidades, disseram terem visto ao longo da fronteira entre a RDC e Angola, grande quantidade de armamento pesado, tropas de origem Chinesa, Malianos, Ruandeses, em números não identificados.




As mesmas fontes disseram que há uma frequência de viaturas militares com armamento pesado no interior entre a fronteira e a região do Cuango, montagem de quartéis que antes não existia ao longo das localidades, o que prevê que a situação não esta boa, eles perguntam se a guerra em Angola esta nas portas.




Os mesmos relatos, vem do Dundo, sobretudo na zona, entre a capital da Lunda-Norte e o Município de Lucapa, em Camissombo onde foi montado um quartel improvisado, com tropas a intimidar as populações nesta região. Uma autoridade do Poder Tradicional diz que estamos a viver um clima de insegurança, sobretudo de incerteza, pode ser que a guerra já começou…



No seio da população reina o clima de incerteza e cada um tenta encontrar sua própria explicação sobre a presença massiva de tropas e material bélico que nos últimos 10 anos de Paz não se via em todo território da Nação Lunda Tchokwe.





Outros dizem que, mesmo com a realização das manobras militares conjuntas da SADC, denominadas Zambeze Azul, não se viu tal movimento de tropas e armamento.




Muita tinta e conversa vai correr, para se esclarecer as populações preocupadas com esta presença e movimentação de tropas e armamento, sobretudo com a presença de forças estrangeiras Chineses, malianos, ruandeses, etc, etc…




Por Samajone e Fiel Muaku na Lunda Tchokwe






segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

AUTORIDADES POLICIAIS NO CUANGO SEM CAPACIDADE PARA PROTEGER AS POPULAÇÕES, ASSASSINATOS CONTINUAM IMPUNES NA LUNDA TCHOKWE

AUTORIDADES POLICIAIS NO CUANGO SEM CAPACIDADE PARA PROTEGER AS POPULAÇÕES, ASSASSINATOS CONTINUAM IMPUNES NA LUNDA TCHOKWE





Cuango, Lunda-Norte: Foi encontrada esta manhã do dia 30 de Dezembro de 2013, mais uma cidadã Lunda Tchokwe morta no centro da cidade da localidade do Cuango, junto a praça.


                                       

Este repugnante acto e condenada acção, teve lugar durante a noite, no momento em que a Policia Nacional decretou patrulhamento e uma prevenção á 100% durante a quadra festiva de fim de ano, enquanto isso, aqui no Cuango o Comando Municipal da Policia Nacional ter propalado a quatro ventos que estava tudo sob seu controlo, nem por ai, mais um assassinato, uma morte inglória, os criminosos, estes nunca serão encontrados como sempre…




O corpo da malograda já foi removida pela Policia do Cuango, faltando agora a identificação dos dados pessoais e as razões deste mais um homicídio gratuito, que nos parece jogos de Novelas Mexicanas em que um punhado de incompetentes agentes policiais nunca consegue esclarecer um conjunto de festivais de assassinatos nem encontram os seus autores materiais.




Pelo menos, nas novelas Mexicanas até os agentes policiais são vítimas, o que é diferente por aqui…



Não será que é Obra da Própria Policia?... 




Mais detalhes e informações na próxima edição…
Por Fiel Muaku no Cuango

sábado, 28 de dezembro de 2013

Mensagem do Presidente do Movimento do Protectorado ao povo Lunda Tchokwe por ocasião das festas do fim de ano

Mensagem do Presidente do Movimento do Protectorado ao povo Lunda Tchokwe por ocasião das festas do fim de ano





Caros irmãos, grande dignidade do povo sofredor Lunda Tchokwe!



Nossas Aldeias, Sanzalas, Bairros, Comunas, Municípios e Cidades da vasta Nação Lunda Tchokwe, estão em pleno período de festas do final de ano de 2013 e a espera da chegada de 2014.

Os desafios para o próximo ano de 2014 serão inúmeros, para cada cidadão da nossa linda terra, da nossa amada Nação Lunda Tchokwe que é o nosso orgulho ao lado dos povos que lutam para a justiça, liberdade, igualdade social e política.




Este período festivo representa paz e reconciliação, unidade, solidariedade, simplicidade que são valores que devemos continuar a seguir, por isso que Jesus Cristo denunciou a violência e a vingança e apenas as mensagens pregadas de arrependimento e de salvação, tanto espiritual como físico.



São estes valores de interesse para todos nós, com que podemos exigir dignidade com dignidade, a fim de que podemos servir unidos a luta para a emancipação da nossa usurpada Nação Lunda Tchokwe, desde o Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e Norte, com todos os seus povos; Luimbi, Ambuela, Nganguela, Bângalas, Mbunda, Lutchaze, Minungu, Xinge, Tchokwe, Lunda, Muluba, Pende e tantos outros que compõe o nosso mosaico multicultural e étnico.


No ano de 2013, tivemos muitas vitorias no campo politico, o nosso Movimento se consolidou, os nossos Activistas foram todos libertos e outros absolvidos, a comunidade internacional compreendeu melhor a nossa causa, o poder tradicional Lunda Tchokwe, aproximou-se mais, Lideres religiosos da nossa terra compreenderam bem a nossa causa, a imprensa nacional e internacional esteve lado a lado com a causa do nosso povo, em fim, muitos membros do Governo Angolano também compreenderam que o caminho da AUTONOMIA exigido é o mais certo e alguns Partidos da oposição Angolana e Personalidades particulares estiveram do nosso lado, aos quais agradecemos o seu apoio e desejas muita saúde e festas felizes…



 Em 2014 a luta vai continuar, será sempre uma luta pacífica e Jurídica, enquanto estamos a espera do pronunciamento dos Órgãos de Soberania de Angola; a Presidência da Assembleia Nacional, os Tribunais que são o Poder Judiciário; Tribunal Supremo, Tribunal Constitucional, Procuradoria-geral da Republica e o Provedor de Justiça aos quais o nosso movimento enviou uma carta para o efeito.


Que o ano de 2014 será definitivamente o ano da Nação Lunda Tchokwe para que as Instituições de um Governo AUTONOMO funcione, dentro dos parâmetros que o nosso movimento esta a exigir do Governo Angolano e da comunidade internacional que já compreenderam a causa da nossa luta ao longo destes mais de 7 anos de existência pacifica e dos mais de 14 anos de Mobilização em pleno século XXI.


Continuaremos a bater em todas as portas nacionais do Executivo Angolano e da Comunidade Internacional para uma solução de “DIALOGO”, pacífico e imediato da “Questão do Conflito da Lunda Tchokwe”, mostrando deste modo ao Senhor Presidente da Republica de Angola e do MPLA, Eng.º José Eduardo dos Santos, que só dialogando os homens se entendem.



As soluções só aparecem com “DIÁLOGO”, porque sem estes valores humanos, continuaremos assistindo conflitos intermináveis. Todos os conflitos pequenos ou grandes, terminaram sempre na mesa de conversações e não por uma derrota militar, exemplos são muitos em África e no Mundo inteiro, incluindo Angola.


…O DIÁLOGO SERÁ A NOSSA LUTA NO ANO QUE SE APROXÍMA DE 2014!..

Aos membros do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, o ano de 2014, será de muitos desafios, de mobilização generalizada e da procura de novas vitórias políticas, será o ano de entrega profundo, por isso desejamos-vos empenho com disciplina e organização.


Abençoamos todas as famílias de Angola, que DEUS esteja connosco em sabedoria na sua graças, que a prosperidades venha para todos no ano de 2014.



Eng.º José Mateus Zecamutchima


AUTOR MATERIAL DO ASSASSINATO DO MARIO FRANCO É O RESPONSÁVEL DA BIKUAR EM LUKAPA E CALONDA

AUTOR MATERIAL DO ASSASSINATO DO MARIO FRANCO É O RESPONSÁVEL DA BIKUAR EM LUKAPA E CALONDA

Esta fotografia é ilustrativa, não é do Malogrado


De acordo com as últimas informações recolhidas em Lukapa, o autor Material do assassinato ontem por volta das 15 horas na localidade de Calonda, é o próprio responsável da empresa de segurança privada BIKUAR, que apuro, conhecido pelo nome de Director Santos.


A mesma fonte disse que este indivíduo é um psicopata, tem comportamentos que os próprios colegas não conseguem compreender, é bruto, por isso ele é conhecido com nome de “BRUTAMONTE”, esta sempre a ameaçar com arma mesmo em pequenas discussões.


Ontem quando disparou mortalmente contra “MARIO MARIA FRANCO”, virou-se depois contra os seus colegas.


Até ao momento, o Director assassino Santos da BIKUAR em Lucapa/Calonda esta livre, não há nenhuma reacção da Policia, tanto em Calonda como no Comando Municipal de Lukapa, Lunda-Norte.


Este criminoso devia estar preso até esclarecer o caso, porque razão as autoridades competentes ainda não agiram?..


Os diamantes da Nação Lunda Tchokwe, um dia irão falar, diante de tanta criminalidade, humilhação, assassinatos gratuitos, impunidades, escravatura etc…


Mais Informações na próxima edição…

Por M Francisco em Calonda

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

BIKUAR VOLTA A MATAR UM CIDADÃO LUNDA TCHOKWE NA LOCALIDADE DE CALONDA

HÁ CERCA DE 40 MINUTOS, AGENTE DA BIKUAR MATA CIDADÃO LUNDA TCHOKWE SEM MOTIVO

IMAGEM ILUSTRATIVA



Um agente da empresa de segurança mineira pertencente a Generais, acaba de matar um cidadão Lunda Tchokwe há cerca de 40 minutos no controlo de Lucapa/Calonda.



Apuramos que o cidadão de nome próprio Mário, vinha com a sua viatura de marca Land Cruiser, foi mandado parar, em troca de palavras, o agente atirou mortalmente.



Mais informações na próxima edição,..


M Francisco, via sms em Calonda

SEMINÁRIO DE CAPACITAÇÃO PARA SECRETARIOS DE INFORMAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO TEVE LUGAR NA LUNDA-SUL

SEMINÁRIO DE CAPACITAÇÃO PARA SECRETARIOS DE INFORMAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO TEVE LUGAR NA LUNDA-SUL






O Secretario Geral Sr Júnior Cassoca e o Sr Domingos Henrique Samujaia Secretario de Informação e Mobilização, participaram de 7 à 14 de Dezembro de 2013 do Seminário de Capacitação para Secretários de Informação e Mobilização que teve lugar na cidade de Saurimo, com a presença massiva dos referidos secretários vindos de Menongue, Luena, Cazombo, Dala, Cacolo, Lubalo, Caungula, Cafunfo, Cuango, Lucapa, Dundo e Cambulo.



No seminário foram tratados vários temas sobre a vida do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe e a importância da informação e mobilização, componentes para a educação e a preparação dos desafios vindouros.



Por outro lado, o Secretario Geral e o da Informação e Mobilização, aproveitaram a sua presença naquela cidade e reuniram-se com a Autoridade do Poder Tradicional da Lunda Tchokwe e alguns Lideres religiosos, com quem trocaram impressões e deram a conhecer de facto, as acções do Movimento em busca da justiça, liberdade e igualdade social com a reivindicação da AUTONOMIA da Nação Lunda Tchokwe.


A fotografia anexada reflecte parte de alguns destes membros participantes ao seminário de capacitação referido.




Por Samajone em Saurimo

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

EM CABINDA EUCLIDES DA LOMBA CAPTURADO NUMA BASE DA FLEC E ESPANCADO BRUTALMENTE PELAS FORÇAS DO REGIME JES

EM CABINDA EUCLIDES DA LOMBA CAPTURADO NUMA BASE DA FLEC E ESPANCADO BRUTALMENTE PELAS FORÇAS DO REGIME JES




O Musico e Diplomata Angolano, filho de Cabinda Euclides da Lomba, foi encontrado na semana passada numa das bases da FLEC em Cabinda pelas forças afectas ao regime do Presidente José Eduardo dos Santos.



A fonte que denunciou o ocorrido ao blog do movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, baseado em Cabinda, disse que o Musico e Diplomata, uma personalidade de uma família muito respeitada em Cabinda e pelo próprio MPLA, disse que reafirmava a sua convicção a causa de Autodeterminação do seu povo e não o poderia deter.



Por causa desta sua determinação, os seus captores, agentes da ordem e segurança de Angola, mais nada tiveram que fazer, senão espanca-lo brutalmente sem piedade, torturando-o, para que ele afirmasse o seu apoio incondicional ao Regime do Presidente José Eduardo dos Santos, ao qual o seu clã esta comprometido.



A fonte disse que, Euclides da Lomba, sofreu as mais brutais torturas que um homem da sua classe política podia receber do regime, mas mesmo assim manteve a sua firme posição a favor da autodeterminação de Cabinda.




A fonte do Ministério da Defesa, que pediu anonimato, disse que o regime do Presidente José Eduardo dos Santos, esta a mater a questão Euclides da Lomba junto de sua família sigilosamente para evitar escândalos e encorajar a FLEC a prosseguir nas suas acções naquele território ocupado indevidamente.



O comandante da equipe que capturou Euclides da Lomba na base da FLEC, por sinal seu contemporâneo de estudos na Republica de Cuba, disse que, foi para ele um grande espanto encontrar o da “Lomba”, no meio dos da FLEC, e mesmo assim, falou com ele antes de receber “Kantambalas”, porque ele representa o MPLA em força nunca poderia imaginar o contrario, se ele esta agir assim, “creio que, ele esta a defender uma verdade e, ninguém deve lhe julgar, ele é intelectual, não é um analfabeto, e, isto nos diz tudo”, concluiu.




A informação parece que é um conto de fada, mais é a pura verdade do que esta acontecendo nos últimos dias em Cabinda, finalmente “EUCLIDES DA LOMBA”, reconheceu a luta patriótica de seus irmãos Cabindas e ele associou-se a causa, tal como acontece com  o padre Taty, Raul Danda, Mangovo Ngoyo, Nzita Tiago, Bonifacio e tantos outros intelectuais e filhos de Cabinda.




Por Taty Huambo em Cabinda

ULTRA-COLONIALISMO PORTUGUES EM ANGOLA VS NAÇÃO LUNDA TCHOKWE 1886 - 1940

ULTRA-COLONIALISMO PORTUGUES EM ANGOLA VS NAÇÃO LUNDA TCHOKWE 1886 - 1940




Em 1889, depois da conferência de Berlim, os portugueses receberam o passaporte de livre circulação, tencionando tomar os reinos no interior a todo o custo, usando de muitas artimanhas e escamoteamento, o Rei decide mandar uma expedição até o Zambeze ou Liambeji com o objectivo de tentar ocupar ou negociar o Reino do BAROTZE (actual sul da Zâmbia, o povo Barotzelandia), este reino existe desde muitos anos, mas que nos anos 1800 melhor se organizou politicamente.




A expedição tinha entre outras missões, o reconhecimento de toda a região territorial da Nação Lunda Tchokwe ao sul ou seja a zona do Kuando Kubango, os povos Mbunda, Luchaze, Ambuela, Nganguela e Luimbi.



Esta expedição foi confiada com as viagens de CAPELO e IVENS e a viagem de SERPA PINTO entre 1877 e 1879. O projecto de ocupar o BAROTZE esta incluído no famoso Mapa Cor-de-rosa, que Portugal apresentou em 1886, como direitos adquiridos com a conferência de Berlim 1884-1885.



É aqui que precisamos dar uma explicação bem clara, sobre a presença de Portugal dentro da Nação Lunda Tchokwe no período entre 1886-1940 em pleno século XX, que não foi uma colonização, mas sim uma presença de permutas comerciais com estes povos.



A ambição de Portugal querer ocupar Barotze, foi travada pela Inglaterra que mandou uma ordem a Portugal para que este país deixasse o território transcontinental incluindo todo o projecto mapa cor-de-rosa, Barotze era nesta altura considerada pelos colonialistas Britânicos como terra pertencente a seu patriota CECIL RHODES.



Esta ordem foi conhecida como “ULTIMATUM INGLES CONTRA PORTUGAL DE 1890”.



AS AVENTURAS DE PORTUGAL CONTINUARAM



O capitão português PAIVA COUCEIRO, que estava no BIÉ pronto para partir para o território BAROTZE, foi impedido de o fazer por força do ultimato inglês, partiu em direcção ao Kuando Kubango para explorar com pormenores esta região tendo como base as informações de Capelo e Ivens e de Serpa Pinto.



Paiva, atravessou o povo Kubango, Sendji, Massaka e foi parar no Mukusso onde estavam os povos Kuangalis fugidos dos maus tratos dos Britânicos sob domínio de Cecil Rhodes em Barotze. Esta presença de Paiva Couceiro serviu para Portugal conhecer as riquezas daquele território.



Estava-se na época do comércio entre Europa e Africanos, o chamado comércio de permuta. Era melhor para Portugal deixar o Bailundo e Bié a encarregarem-se de este tipo de comércio.



Foi já em pleno século XX que Portugal aventurou-se a ocupação silenciosa do território do Kuando Kubango, motivado pela distracção dos Ingleses que já não lhes importava reaver o ultimato de 1890. Portugal mandou missões religiosas e comerciantes para o Kubango e Sendji.




O rei Tchihuako tomou imediatamente conhecimento sobre as intenções de Portugal, com a sua presença de Padres e Comerciantes, mas Mukuva que estava no Sendji os recebeu, então eclodiu um conflito entre Tchihuako e Mukuva, a rainha Lussinga que estava a reinar em Massaka, pôs-se ao lado do Tchihuako para combater Portugal.




Em 1915 em plena preparação da primeira guerra mundial, o padre LECOMPTE, que tinha sido expulso no Kubango, voltou com um exército. Depois de longas batalhas entre o Thihuako e Portugueses dirigidos pelo padre Lecompte, Tchihuako foi morto e Kubango ocupado, esta ocupação não significou a colonização.




Com o tempo os portugueses subornaram inocentemente a autoridade do poder tradicional do Sendji, Kakuhu, Mbuanga transformando-os em funcionários da Administração Portuguesa colonial, aproveitando-se do seu nível de conhecimentos científicos sobre o mundo e o poder que estes ostentavam.




A cidade de MENONGUE que era também uma das sedes do Reino Tchokwe, os Portugueses fizera então a sede de administração colonial. Porque? Porque o povo Tchokwe exercia grande influência e domínio sobre o povo Nganguela, Luimbi e Ambuela, coisa que Portugal queria aproveitar e aliar, também por desconhecimento científico e inocência da autoridade do poder tradicional Tchokwe que estava a Governar Menongue. Estas alianças de suborno nunca significaram ou constituíram ocupação colonial desta região da Nação Lunda Tchokwe…




O TEXTO CONTINUA NA PROXIMA EDIÇÃO…


CRIMES E IMPUNIDADES CONTINUAM NA ORDEM DO DIA NA LUNDA TCHOKWE

CRIMES E IMPUNIDADES CONTINUAM NA ORDEM DO DIA NA LUNDA TCHOKWE




O motociclista António Paulo sofreu no dia 24 de Dezembro, uma emboscada na via pública, em Cafunfo, combinada entre agentes policiais e guardas privados, que lhe causou graves ferimentos no pescoço. A vila de Cafunfo situa-se no município do Cuango, na província da Lunda-Norte.



Por ordem de efectivos policiais, guardas da empresa privada de segurança Bikuar, montaram a emboscada nas imediações da Travessia de Katewe, com uma corda a atravessar a estrada, de acordo com António Paulo. A Bikuar presta serviços à empresa de exploração de diamantes Sociedade Mineira do Cuango.



Ao passar, a uma certa velocidade, “os guardas puxaram a corda, que me atingiu no pescoço, caí da motorizada e comecei a sangrar muito”, explicou a vítima.



Segundo o motociclista, que prestava serviço de moto-táxi, da referida travessia à Cafunfo, a punição deveu-se à sua indisponibilidade para pagar, minutos antes, 1,000 kwanzas ao chefe do controlo de reguladores de trânsito, conhecido apenas por Gasparito.



“O Sr. Gasparito mandou-me parar e, pessoalmente, cobrou-me 1,000 kwanzas de ‘taxa’ para poder circular à vontade o dia todo. Eu disse que ainda não tinha ganho nada e não tinha dinheiro. Continuei a minha viagem”, disse António Paulo.



Em reacção, “o Sr. Gasparito ordenou ao colega dele Tony, para perseguir-me. No meu regresso, o Tony já estava no posto da Bikuar e quando me viu gritou para os guardas puxarem a corda da emboscada”, esclareceu.



O ferido foi levado à 2ª Esquadra policial, em Cafunfo, enquanto o agente Tony apreendeu a motorizada.



Por sua vez, o oficial de dia, conhecido apenas por Imperial, procedeu à acareação dos factos com os envolvidos, incluindo o guarda da empresa Bikuar, que executou a ordem de puxar a corda.



Como resultado do inquérito informal, o oficial Imperial ordenou a evacuação do ferido para o Hospital Central de Cafunfo, onde foi tratado apenas com a emissão de uma receita para a compra de medicamentos.



O mesmo oficial encarregou também o agente Tony, como o responsável pelo acidente, de assumir os custos com o tratamento de António Paulo, que teve de recorrer a um posto médico privado, onde contraiu uma dívida de 11,000 kwanzas. 




Esta manhã, António Paulo foi apresentar queixa formal à Secção Municipal de Investigação Criminal (SMIC), na 2ª Esquadra. Na presença do correspondente do Maka Angola em Cafunfo, o oficial de serviço informou que não estão a receber queixas hoje e pediu desculpas pelo inconveniente.



Homicídios



Os actos de violência de agentes policiais e militares, contra cidadãos indefesos, têm estado a aumentar na região do Cuango.



A 20 de Agosto passado, por volta das 19 horas, uma patrulha conjunta de soldados das FAA, pertencentes à 75ª Brigada de Infantaria, e agentes da Polícia Nacional detiveram três garimpeiros, nas imediações de Katewe, no posto de Controlo do Rio Café.




Os garimpeiros telefonaram ao seu patrocinador, conhecido apenas como Ruben, e um dos soldados falou directamente com ele, tendo exigido o pagamento de US $500 para a libertação dos garimpeiros. O patrocinador alegou não ter tal montante, nem mesmo o valor de rebaixa para o resgate, fixado em US $300.




Houve discórdia, segundo agentes da polícia que descreveram o caso ao Maka Angola. Um cabo das FAA, identificado apenas como Nando, disparou contra o cidadão da República Democrática do Congo, Lefu Kule, de 32 anos de idade. 



Os outros dois companheiros puseram-se em fuga. Mais tarde regressaram ao local e encontraram Lefu Kule semi-enterrado numa vala. No dia seguinte, pela manhã, a polícia procedeu à investigação do corpo, e por cinco dias impediu a família de remover o corpo. O comandante municipal da Polícia Nacional, Celestino Caetano, ordenou o enterro de Lefu Kule por um dispositivo fortemente armado da Polícia Nacional e das FAA. À família do malogrado foi apenas permitido cavar a sepultura, no cemitério junto ao aeródromo de Cafunfo.




A 13 de Dezembro, a mesma área de Katewe registou outro caso de homicídio imputado a efectivos da Polícia de Guarda Fronteira. O cidadão da República Democrática do Congo, Hobei Makila, de 37 anos, foi morto por um agente policial, que o atingiu com um tiro no lado esquerdo do maxilar.



Um grupo de agentes policiais havia interceptado uma moto-táxi, cujo passageiro era Hobei Makila. Segundo depoimentos de testemunhas oculares, incluindo do taxista, um dos agentes revistou o cidadão congolês, encontrou US $100 num dos seus bolsos e “confiscou-o”. Por ter reclamado a devolução do seu dinheiro foi baleado. Acabou por falecer no Hospital Central de Cafunfo.



Efectivos da Polícia Nacional procederam ao seu enterro no Bairro Gika, na área de Ngonga Babi.