segunda-feira, 25 de junho de 2012

COMUNICADO DE IMPRENSA DA COMISSÃO DO MANIFESTO DO PROTECTORADO DA LUNDA SOBRE O SENTIDO DE VOTO NAS ELEIÇÕES NO DIA 31 DE AGOSTO DE 2012 EM ANGOLA.



COMUNICADO DE IMPRENSA DA COMISSÃO DO MANIFESTO DO PROTECTORADO DA LUNDA SOBRE O SENTIDO DE VOTO NAS ELEIÇÕES NO DIA 31 DE AGOSTO DE 2012 EM ANGOLA.



O presente Comunicado serve para clarificar as inquietações que tem estado a surgir no seio da sociedade sobre a posição da Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe, em Angola quanto ao processo eleitoral em curso, que culminará dia 31 de Agosto próximo, com a realização das eleições gerais (legislativa e Presidências simultâneas com o candidato Presidente cabeça de Lista da formação Partidária concorrente ao pleito, de acordo com a nova constituição aprovada em 2010).


Pelas responsabilidades socio políticas e históricas que a
CMJSPLT tem no processo de democratização em Angola e particularmente dentro da Nação Lunda Tchokwe, a Direcção da CMJSPLT não se demite da sua condição de uma parte importante do mosaico etnolinguístico dos retalhos que formam a Angola actual e responsável, sério e com sentido de Estado, por isso, esclarece a Comunidade Nacional Angolana, a Comunidade Internacional e a População da NAÇÃO LUNDA TCHOKWE (Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e Norte) sobre a participação do nosso povo no presente processo eleitoral, evitando desse modo todo o género de informações enganosas, que têm como objectivo confundir os eleitores.


A revindicação pacificação da nossa causa é da providência divina. Imploramos aos angolanos aceitarem a nossa revindicação e a expropriação sem vingança daquele território. A difícil tarefa com que estamos devotados e comprometidos, será doravante vencida. A nossa pereníssima revindicação terá um fim vitorioso com ajuda das aspirações dos nossos antepassados, a quem invocamos afincadamente todos os dias.


Os porta-vozes desta honrosa missão não são fracos, nem cobardes. Temos do nosso lado um povo historicamente capaz e valente, munido duma força transcendental, capazes de vencer todas as formas caprichosas da vossa heresia política, destinado a destruir-nos num espaço que Deus nos concedeu, mas a vitória não é apenas um acto dos gigantes nem dos ricos.


Nós estamos empenhados numa árdua luta pela liberdade e justiça social do nosso povo, repor a legalidade de um direito que a mãe natureza nos concedeu. Não conhecemos outra forma menos violenta de reclamar um direito, que não seja todas as tentativas e recursos de “Diálogo” por nós usados; enviamos petições; suplicamos; prostramo-nos perante o trono de LUANDA, implorámos a sua intervenção para deter as mãos tirânicas do terrorismo de Estado Angolano contra os filhos da Nação Lunda Tchokwe, reclamamos perante, o Sr Presidente José Eduardo dos Santos, tudo caiu a fracasso, e fomos desdenhados, retaliados com detenções, prisões arbitrárias, sem julgamento, ignorados, parece que depois de tudo isso querem mostrarem ao mundo que vós sois do eixo do bem.


Porém aproxima-se as eleições em Angola onde os filhos da Nação Lunda Tchokwe são chamados a legitimar os vossos poderes, querendo ou não, pelo que respeitamos o direito a liberdade individual.


Mas perante o facto, vamo-nos fazer presente ao acto cívico para manifestarmos o nosso “Descontentamento” e a ilegalidade da vossa permanência no território da Nação Lunda Tchokwe; o nosso povo será orientado e votará sabiamente a favor dos vossos opositores políticos, se não usardes métodos fraudulentos, vereis que a vossa representação parlamentar naqueles círculos eleitorais resultará em nada para vós.


Esse gesto de conservarmos o ideal pelo qual nós todos estamos a lutar, não deixaremos de nos acobardar pelas vossas corrupções, intimidações de milícias e assassinatos esporádicas do nosso martirizado povo. Contrariamente a isso saberão retaliar e os vossos vampiros saíram derrotados e esmagarão com todos os vossos interesses económicos naquele território ilegalmente ocupado e pilhado, como um corpo inerte tal como disse o nacionalista angolano António Agostinho Neto.


O nosso glorioso objectivo desta contestação será alcançado por qualquer preço; mais ainda aconselhamos que o governo dirigido pelo Presidente José Eduardo dos Santos, Reveja as modalidades de Negociarmos a questão da Lunda para impedir que a ira deste povo caía sobre vós e ao vosso povo.


A nossa revindicação legítima do nosso direito natural, não é um mero incidente como as revindicações de 1848 na Europa.


 Nós continuamos a clamar e a implorarmos a Revindicação da Autonomia Administrativa, Económica e Jurídica da Nação Lunda Tchokwe mais sem sucesso. Já reafirmamos a nossa posição na comunidade nacional e internacional aos protagonistas do Protectorado, nomeadamente Portugal, França, Inglaterra, Bélgica e Vaticano, estes aguardam o pronunciamento de Angola na primeira estância e consequentemente de Portugal.


 A questão já ultrapassou a dimensão das intimidações, perseguições e eliminação física de figuras singulares da liderança do Manifesto. Este agora é um assunto que envolve todos os filhos Lunda Tchokwe e a comunidade Internacional ONU, União Europeia e a União Africana. Até porque vamos recordar ao Sr. Presidente que outrora a vossa luta de libertação de Angola e contra vossos adversários políticos internos, o povo Lunda Tchokwe foi o expoente máximo da vossa vangloriosa vitória.


Irmãos Angolanos, o sínico silêncio do regime de LUANDA não mostra a vontade Negocial sobre a Autonomia da Lunda Tchokwe que até por sinal, a autonomia está plasmado no primeiro estatuto do MPLA 1965 – 1977, que o congresso da transformação do MPLA em Partido de Trabalho sob olhar silencioso do Marxismo-Leninismo, o veio alterar.


O NOSSO POVO EM OBEDIÊNCIA A CMJSPLT VAI SALVAGUARDAR A SUA PARTICIPAÇÃO COMO ACTO DE PROTESTAR E orientar o sentido de voto a favor de um Partido da oposição politica angolana que no devido momento será anunciado, a CMJSPLT estará assim empenhada em contribuir de forma positiva, para que as Eleições que se avizinham sejam realmente livres, transparentes, justas, pacíficas e credíveis, como única forma de aferir á vontade Soberana também do POVO LUNDA TCHOKWE.


Luanda, aos 22 de Junho de 2012.-


Comité Executivo Nacional do Manifesto do
Protectorado da Lunda Tchokwe