quinta-feira, 5 de maio de 2011

LIBERDADE DE IMPRENSA


Comemora-se hoje, 3 de Maio, o dia mundial da liberdade de imprensa.

Este ano a efeméride decorre sob o lema “Midias do século XXI, novas Fronteiras, novas barreiras”.

A data foi instituída pelas Nações Unidas e a UNESCO e coincide com os 20 anos da declaração de Windhoek.

O documento aprovado em 1991, por um conjunto de jornalistas estrangeiros e de Angola.

Segundo o jornalista Reginaldo Silva, em Angola, a reflexão deve centrar-se na liberdade de imprensa na Internet.

“A perspectiva deste ano tem muito a ver com o debate que neste momento temos em Angola a nível político e não só, sobretudo depois do discurso do Presidente José Eduardo dos Santos, no passado dia 14 de Abril. Tem a ver com a liberdade de imprensa na Internet” – disse.

O também analista político considera que o surgimento da Internet criou um novo espaço de liberdade de Imprensa em todo o mundo.

“As nações unidas consideram que o surgimento da Internet, das redes sociais e todos os recursos que a Internet dispõe para o cidadão de uma forma geral, para se comunicar, partilhar informações e discutirem, é de facto o novo espaço de liberdade” – referiu ainda.

A Secretária geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Luísa Rogério, considera que o quadro da liberdade de imprensa em Angola ainda é muito sombria.

O Sindicato dá como exemplos a morte de um jornalista da Rádio Despertar, em Setembro do ano passado, cujas circunstâncias ainda estão por esclarecer, e a detenção dos repórteres do “Novo Jornal”, quando cobriam uma suposta manifestação no largo da Independência em Luanda.

“Nós, Sindicato, não constatamos grandes mudanças comparativamente ao ano anterior. Ao contrário o quadro mudou com a morte de um jornalista em circunstâncias ainda por esclarecer, pelo para nós constitui um atentado a liberdade de imprensa.

Por ocasião da data, a ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira, destacou o espírito de coragem, abnegação e tenacidade de todos os jornalistas angolanos.

Segundo o comunicado distribuído a imprensa, a ministra saúda, em nome do pelouro que dirige “todos os jornalistas que diariamente se esmeram a fim de assegurar uma informação ampla, isenta e plural, com finalidade de defender o interesse público e a ordem democrática”.

FONTE/Apostolado